Tereza Cristina, que já foi deputada, deve retornar para votar em Arthur Lira [fotografo]Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/fotografo]
A eleição para a presidência da Câmara contará com os votos de dois ministros do gabinete de
Jair Bolsonaro. Hoje, o presidente promoveu a exoneração simbólica da ministra da Agricultura,
Tereza Cristina, e do ministro da Cidadania,
Onyx Lorenzoni. Ambos são deputados pelo DEM - ele, pelo Rio Grande do Sul; e ela, por Mato Grosso do Sul.
A manobra serve para que os dois possam retomar, na segunda-feira, o mandato e assim garantir voto em
Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado por Jair Bolsonaro. A expectativa é que ambos assumam novamente as cadeiras ministeriais já na terça-feira (2).
Essa estratégia também foi usada em momentos como a reforma da Previdência por Bolsonaro. No governo Dilma, a então presiente exonerou seus ministros temporariamente em 2016, para que eles pudessem votar contra a abertura de seu processo de impeachment.
A disputa segue em aberto até o dia da votação, com a campanha de
Arthur Lira ganhando tração. O Palácio do Planalto
resolveu negociar o Ministério da Saúde com o Centrão, e deve ceder a cadeira ocupada por
Eduardo Pazuello ao deputado
Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", o governo também
articula a liberação de R$ 3 bilhões em emendas parlamentares para obter o voto de 250 deputados e 35 senadores.
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