Roberto Jefferson será novamente julgado pela Justiça Eleitoral por publicação de vídeo com ofensas à ministra Cármen Lúcia. Foto: Weleson Nascimento/PTB
O presidente nacional do PTB,
Roberto Jefferson, voltou criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) mesmo depois de já ter sido preso, por ameaças suas feitas à corte. Da prisão, Jefferson disse que a corte brasileira estaria acima da lei e agindo de maneira "tirânica" contra conservadores. Em mais de um momento, Jefferson buscou comparar a ação do Supremo brasileiro ao da Venezuela.
A carta foi lida pela vice-presidente nacional do
PTB, Gabriela Nienov, nesta sexta-feira (3), durante a edição brasileira do CPAC, evento de viés conservador originário dos Estados Unidos. Com ela, estava o empresário Otávio Fakhoury - ele próprio acusado de custear e apoiar campanhas de fake news contra a suprema corte. Ambos foram convidados a falar sobre "liberdade de expressão" no evento.
"O ativismo judicial fez da suprema corte uma milícia judicial, uma Orcrim [organização criminosa], para a prática de crimes de abuso de autoridade e de poder", dizia a carta de Jefferson, que cobrou "resistência" de sua base partidária. Em nenhum momento, Jefferson cita as manifestações de sete de setembro, apoiadas por ele e que acabaram ajudando a motivar sua prisão. Fakhoury e Gabriela indicaram que estarão na manifestação.
Condenado no caso do mensalão e um dos mais fervorosos apoiadores de Bolsonaro, Roberto Jefferson escreveu a carta a partir do hospital da prisão de Bangu 8, onde está desde 13 de agosto. Dentre os crimes listados pelo ministro do STF
Alexandre de Moraes para decretar a prisão dele estão calúnia, difamação, injúria, associação criminosa, denunciação caluniosa, além de descumprimentos passíveis de pena dentro da Lei de Segurança Nacional e do Código Eleitoral.
Há suspeita de utilização de dinheiro público do fundo partidário para promover ataques antidemocráticos nas redes sociais. Um dos vídeos com esses ataques contra o Supremo foi veiculado nas redes socais do PTB.
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