Marcelo Bella, empresário importador de suprimentos proteicos e patrocinador de motociatas em São Paulo, se beneficiou com redução de imposto. Foto: Alan Santos PR
Os pedidos de indiciamento de Jair Bolsonaro, listados no relatório final aprovado pela CPI da Covid na terça-feira (26), ganharam destaque na imprensa internacional. O documento, elaborado pelo relator, senador
Renan Calheiros (MDB-AL), 22 crimes diferentes, sendo nove cometidos pelo presidente da República durante a gestão da pandemia no Brasil, pelos quais pede o indiciamento do chefe da República.
O norte-americano
The New York Times destacou as "mortes desnecessárias" ocasionadas pela pandemia, as falas de Bolsonaro que desencorajaram o uso de máscaras e promoveram remédios ineficazes, além das ofertas de vacinas ignoradas.
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O jornal britânico
The Guardian destacou a pressão para responsabilizar Bolsonaro pelas mais de 600 mil mortes por covid-19 no Brasil, segundo maior número registrado no mundo.
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"O presidente Jair Bolsonaro enfrenta uma série de acusações criminais por ações e omissões relacionadas com o segundo maior número de mortes no mundo por covid-19.", escreveu o jornal.
O
Le Figaro, veículo francês, repercutiu a recomendação de indiciamento de Bolsonaro por crime contra a humanidade. "
Depois de dezenas de audiências, muitas vezes comoventes, a CPI acusou o governo de ter 'exposto deliberadamente' os brasileiros à 'contaminação em massa', completa a notícia.
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O veículo espanhol
El País relembrou as tentativas de Bolsonaro de atravessar a pandemia através da imunidade de rebanho, que seria alcançada não pelas vacinas, mas pela contaminação coletiva.
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Ao todo, são listados 80 nomes em pedidos de indiciamento. Além do presidente Jair Bolsonaro, constam duas empresas, a VTClog e a Prevent Senior; os filhos do presidente, Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro; quatro deputados federais, entre os quais o líder do governo,
Ricardo Barros (PP-PR); ministros e empresários.
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