Em nota, CGI defende que sua estrutura seja utilizada na arquitetura de fiscalização para o PL das Fake News. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Renata Vilela*
Pois saiba que você não está sozinho! De acordo com dados publicados pelo instituto de pesquisa Datafolha, a pedido da Mastercard, 60% dos entrevistados expressam elevado temor de serem vítimas de cibercriminosos.
A pesquisa foi realizada por telefone com 1.517 pessoas acima dos 16 anos, entre 5 e 8 de janeiro de 2021, e mostra que 89% dos adultos usam a internet. Dentre eles, 95% têm contas em redes sociais e 92% sabem que as empresas armazenam seus dados.
Essa preocupação é plenamente justificável, pois os ataques são mais comuns do que se imagina. A mesma pesquisa apontou que 73% dos entrevistados já foram alvo de cibercriminosos.
Golpes cujo objetivo é conseguir dados pessoais das vítimas para obter ganhos financeiros diretos, como acessar contas de banco, ou para obter ganhos indiretos, como a venda de dados para que outras pessoas lucrem com isso.
Por conta disso, diversas entidades e especialistas alertam para os riscos que uma eventual privatização das empresas públicas que cuidam dos dados brasileiros podem trazer. O Brasil possui uma Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e os dados mais sigilosos dos seus cidadãos e da soberania nacional são protegidos e gerenciados pelas empresas públicas Dataprev e Serpro. Por exemplo, CPF, Imposto de Renda, informações previdenciárias, jurídicas e muito mais.
Com essas duas empresas públicas fazendo esse trabalho, o país nunca vivenciou grandes vazamentos dos dados privados da sua população. Por isso, a Campanha Salve seus Dados - criada por funcionários voluntários da Dataprev e do Serpro e apoiada por entidades e especialistas no assunto - busca esclarecer a população sobre o perigo da negociação desses dados por empresas privadas.
Com a desestatização pretendida pelo governo, todos esses dados podem passar a ser gerenciados por empresas privadas e de fora do país, gerando um risco maior de exposição e mau uso dessas informações.
*Renata Vilela, especial para a campanha Salve Seus Dados
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