Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Foto: Reprodução
O Partido Liberal (PL) indicou que dará liberdade total ao seu presidente, Valdemar da Costa Neto, para tratar da filiação de
Jair Bolsonaro ao partido. A afirmação foi feita pelo senador
Jorginho Mello (PL-SC), após reunião da liderança partidária nesta quarta-feira (17).
O
PL teria decidido de maneira unânime, que aceitará os termos da união acertado por Valdemar. Apesar da "carta branca", Valdemar já tem controle amplo da máquina partidária.
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Mello disse que o assunto será "equacionado" a partir de agora. "Todo mundo vai receber o presidente de braços abertos", disse o parlamentar, que é da base do governo no Senado que definiu a reunião como "muito positiva", com poucas resistências de diretórios estaduais.
O presidente da República indicou que se filiaria no final do mês à legenda, mas a união ficou em suspenso após discussões entre Bolsonaro e
Valdemar no final de semana. O principal motivo seria a vontade de Jair Bolsonaro em ter controle completo de diretórios estaduais específicos, como Pernambuco e São Paulo - e a resistência de Valdemar em abrir mão.
Outra das arestas a serem ajustadas para a união do partido do chamado "centrão" com o presidente militar é o possível apoio a candidatos de outros partidos e de ideologias distintas de Bolsonaro em 2022. O partido indicou que apoiaria o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, ao governo do estado. Garcia também é apoiado por João Doria (PSDB), desafeto do presidente.
Em relação a isso, Jorginho disse que o partido deve manter a fidelidade à pauta do governo. "Não terá coligação com outro partido que não esteja alinhado com Bolsonaro", disse, argumentando que será feito um mapa "estado por estado" com a situação.