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8 de janeiro
Congresso em Foco
7/1/2024 | Atualizado às 16:51

Um ano após os atos golpistas, dos mais de 2 mil detidos durante a invasão, 66 investigados continuam presos pela incitação, financiamento e execução dos atos. Os dados foram levantados pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações.
Os demais investigados foram soltos e tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do país, suspensão de autorizações de porte de arma e de certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), entrega do passaporte e apresentação semanal à Justiça.
Até o momento, 30 pessoas foram condenadas pelo Supremo. As penas definidas variam de três a 17 anos de prisão. Os condenados respondem por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e depredação de patrimônio protegido da União.
Ninguém foi denunciado como mentor da tentativa de golpe. O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos investigados sob suspeita de ter incitado os atos antidemocráticos. O parecer da relatora da CPMI dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), aprovado em outubro, pedia que o Ministério Público Federal (MPF) indiciasse Bolsonaro como o "mentor moral" da tentativa de golpe.
"Visto como figura 'mítica' por seus apoiadores, Jair Bolsonaro se utilizou como pode do aparato estatal para atingir seu objetivo maior: cupinizar as instituições republicanas brasileiras até a seu total esfacelamento, de modo a se manter no poder, de forma perene e autoritária e perene", diz o relatório aprovado pela CPMI.
A comissão atribuiu a Bolsonaro os seguintes crimes: golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa e violência política. O MPF não indiciou Bolsonaro pelo 8 de janeiro até o momento. O órgão pediu, no entanto, a inclusão do ex-presidente em um dos inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal para investigar a incitação de um golpe de Estado.
Cerca 1,1 mil investigados terão direito ao acordo de não persecução penal (ANPP) e não serão denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A medida vale somente para quem foi preso em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, em 9 de janeiro, dia seguinte aos atos, e não será aplicada para quem participou da invasão e depredação das sedes.
Pelo acordo, acusados de crimes cometidos sem violência ou grave ameaça podem confessar os crimes em troca de medidas diversas da prisão, como reparação do dano provocado, entrega dos bens que são frutos do crime, pagamento de multa e prestação de serviços à comunidade.
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