Silas Malafaia defendeu nesta segunda-feira (28) que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, seja demitido "para nunca mais voltar. Foto: Agência Brasil
O pastor bolsonarista
Silas Malafaia retomou as acusações contra ministros supostamente contrários à indicação de
André Mendonça para o cargo de ministro do
Supremo Tribunal Federal. Em seus ataques, citou nominalmente os chefes do executivo, afirmando que estes prestam lealdade ao presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) e devem apoiar suas indicações, caso contrário devem renunciar seus cargos.
"Os ministros
Ciro Nogueira [Casa Civil],
Fábio Faria [Comunicação] e
Flávia Arruda [Secretaria de Governo], que são políticos e ministros do Palácio, são obrigados a defender a indicação do presidente Bolsonaro. São obrigados a trabalhar em favor de André Mendonça. Não querem? Caiam fora daí. Não podem estar nesse lugar", declarou o pastor em tom inflamado em seu canal no Youtube
.
Ao longo do vídeo, criticou os três ministros, acusando-os de conspirar contra Jair Bolsonaro. O primeiro deles foi
Ciro Nogueira. "Um dos mais importantes cargos políticos vai jantar com
Renan Calheiros (MDB-AL)? O cara que quer destruir Bolsonaro por interesses políticos (...) e fazendo uma CPI da safadeza? (...) Bem, se o senhor não foi jantar com ele e é a favor da indicação de André Mendonça, convoque a imprensa. (...) O senhor é obrigado a vir à público dar uma satisfação", alegou o pastor.
Fábio Faria, com quem Malafaia afirma já ter convivência, foi o segundo alvo. "Ele me ligou dizendo 'pastor, não tive jantar nenhum não'. (...) Eu disse para o ministro: 'você é obrigado a emitir uma nota clara de apoio a André Mendonça'". Na visão do pastor, a mesma postura deve ser adotada por Flávia Arruda. "Eles são obrigados a emitirem nota e trabalhar pela indicação do presidente", reforçou.
Malafaia tornou a falar que não foi sua a indicação de André Mendonça, e que este apenas confirmou o alinhamento de Mendonça com a ala evangélica. "Não somos nós pastores que indicamos. Se o presidente quer nomear alguém terrivelmente católico, ele vai perguntar aos deputados e senadores, à imprensa ou aos bispos?", exclamou.
André Mendonça é o nome indicado por Jair Bolsonaro para ocupar a cadeira vacante no Supremo Tribunal Federal, e há três meses se aguarda sua sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da casa. Classificado como 'terrivelmente evangélico', Mendonça teve sua indicação defendida por Silas Malafaia. O pastor é conselheiro pessoal do presidente, fato confirmado pelo seu filho, senador
Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).
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