ECONOMIA

Haddad elogia Campos Neto após corte nos juros: "Nunca faltou abertura"

Ministro da Fazenda diz que Roberto Campos Neto, presidente do BC, votou pela queda dos juros "com aquilo que ele conhece em economia"

Congresso em Foco

02/08/2023 | Atualizado às 21h19

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista a jornalistas após o anúncio do Copom. Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um elogio ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, após o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciar um corte de 0,5 ponto percentual na Selic, taxa básica dos juros. Ao comentar a decisão, Haddad disse que o presidente do BC "sempre demonstrou muita abertura ao diálogo". "Posso assegurar que o diálogo tanto entre nós quanto das nossas equipes foi o mais elevado possível", disse Haddad. "Nunca faltou nenhuma abertura, nenhum lado, sentar e dialogar a respeito das decisões corretas que precisam ser tomadas".

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A decisão do Copom teve placar apertado: quatro diretores votaram por um corte mais conservador na Selic, de 0,25 ponto percentual, enquanto cinco integrantes do comitê, incluindo Roberto Campos Neto, decidiram pela queda de meio ponto. O corte mais amplo alinha-se à posição do presidente Lula (PT), do ministro Haddad e da equipe econômica, que já vinham pressionando o BC por uma queda nos juros desde o início do ano. Haddad, no entanto, não atribui o voto de Campos Neto a uma pressão política por parte do governo. "O presidente do BC votou com aquilo que ele conhece em economia, com aquilo que ele domina em economia. É um voto técnico", disse o ministro. Como o placar da decisão do Copom foi de cinco a quatro, cada voto foi decisivo. Se Campos Neto votasse por uma queda de 0,25 ponto percentual, o seu voto já seria o suficiente para virar o resultado.