Em nota, os advogados de Bolsonaro confirmaram que o ex-presidente passou dois dias refugiado na Embaixada, o que, segundo eles, foi feito para "manter contatos com autoridades do país amigo". Foto: Reprodução/vídeo
Logo após seu breve discurso no Palácio do Planalto, na tarde desta terça-feira, onde agradeceu a seus eleitores após 42 horas de silêncio desde as eleições, o presidente
Jair Bolsonaro (PL) seguiu com seus ministros para o
Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o encontro, a portas fechadas, Bolsonaro teria reconhecido sua derrota para
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas
eleições, e confirmou o início do processo de transição.
A informação foi confirmada primeiramente pelo ministro Edson Fachin, abordado por jornalistas ao sair da reunião. "O presidente da República utilizou o verbo 'acabar' no passado, ele disse: 'Acabou'. Portanto, olhar para frente", declarou. Logo em seguida, a assessoria de comunicação do STF emitiu uma nota afirmando que: "Tratou-se de uma visita institucional, em ambiente cordial e respeitoso, em que foi destacada por todos a importância da paz e da harmonia para o bem do Brasil".
Mesmo sem falar de forma objetiva sobre o reconhecimento da derrota, o STF já havia interpretado o discurso de Bolsonaro dessa forma, posição manifestada em outra nota emitida pela tarde. No entendimento do Supremo, o anúncio do ministro da Casa Civil,
Ciro Nogueira, de que iniciaria já na quinta-feira (3) o processo de transição entre os governos foi o gesto de confirmação.