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Taxa de juros
Congresso em Foco
27/04/2023 | Atualizado às 14h59
"Nós estamos tomando medidas difíceis, impopulares, sobretudo por causa do populismo praticado pela gestão anterior que surrupiou quase 40 bilhões de reais dos estados no ano passado, mais 60 bilhões de Receita Federal no ano passado. Só nessa conta foram 100 bilhões de reais retirados dos cofres públicos no âmbito estadual e no âmbito federal", Fernando Haddad, ministro da Fazenda.Haddad aproveitou para mencionar um rombo de cerca de R$ 100 bilhões deixado nas contas do governo pela gestão anterior reforçou que que o país terá muita dificuldade de crescer com sustentabilidade "se nós não integrarmos as políticas monetária e fiscal". "Estamos com vários setores da economia drasticamente afetados. Precisamos compreender que essa harmonização é imprescindível para a gente crescer com robustez a partir do ano que vem", concluiu.
"Sabemos intramuros que temos que fazer o dever de casa, que não podemos gastar mais do que arrecadamos e que temos que zerar o déficit público nos próximos anos. Nossa meta é zerar em 2024", Simone Tebet, ministra do Planejamento.Segundo Tebet, a taxa de juros "é o remédio e o veneno" e a única diferença é "se essa dose está ou não está equivocada". A ministra destacou que a situação atual de estabilidade no país é "muito melhor" do que quando a Selic chegou a 13,75%, em setembro do ano passado. "A realidade é outra", pontuou. Tebet destacou medidas como o arcabouço fiscal apresentado pelo governo federal e a tramitação da reforma tributária no Congresso Nacional. A ministra concordou com a posição do BC de que não se pode descuidar da inflação, mas destacou que isso não pode atrapalhar o "crescimento sustentável e duradouro".
"Nós temos um sistema de metas, que funcionou muito bem. É um sistema que funcionou em todos os países. Temos uma meta que vem caindo e chega a 3% em 2024. A meta é determinada pelo governo e o BC tem autonomia para executá-la", Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.Sobre a taxa de juros praticada no país, Campos Neto defendeu as decisões tomadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa para controlar a inflação. "O juro real brasileiro é alto, sim, mas já foi muito mais alto. Ele está, inclusive, abaixo da média histórica e da média recente. Não estou defendendo juro real alto, só estou dizendo que é uma ferramenta utilizada", destacou. Segundo o presidente do BC, "a inflação do curto prazo tem caído, mas muito lentamente". "Nosso diagnóstico é que a inflação não é uma inflação de oferta e, portanto, precisa do trabalho que vem sendo feito", pontuou. Campos Neto voltou ao Senado após ter participado de uma audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na terça-feira (25). Na ocasião, o presidente do BC foi convidado justamente para abordar a manutenção da taxa de juros em um patamar tão alto. Reveja o debate no Senado:
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