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Atos Golpistas
Congresso em Foco
19/06/2023 | Atualizado às 21h04
Investigado pela Polícia Federal (PF) por conta da atuação da instituição em 30 de outubro, no 2º turno das eleições, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques inaugura a série de depoimentos que começa na terça-feira (20) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas.
Na data da eleição, a PRF realizou mais de 500 de ações de fiscalização do transporte público, conhecidas como blitzes, especialmente na região Nordeste. Nas redes sociais, os usuários compartilharam vídeos das ações da PRF formando barricadas e dificultando o deslocamento de ônibus e de motocicletas que transportavam os eleitores. Relatos sobre essas ações partiram inclusive de políticos locais, como prefeitos e vereadores. As ações da PRF provocaram a exoneração de Silvinei do cargo.Após a vitória do presidente eleito Lula, apoiadores de Bolsonaro realizaram bloqueios em estradas no país em protesto com o resultado do pleito eleitoral. O STF determinou que a PRF desobstruísse os bloqueios, prevendo a prisão de Vasques e multa de R$ 100 mil no caso de descumprimento da decisão. Apesar da decisão, servidores da instituição apontaram que a corporação não parecia interessada em resolver a situação. Também houve críticas para a ação política dentro da PRF. Vasques se tornou réu por improbidade administrativa em 25 de novembro de 2022 sob a acusação de uso indevido do cargo.São graves as denúncias que chegam de que a PRF, mesmo após decisão do TSE, estaria fazendo operações/barricadas para impedir que os nordestinos possam exercer o poder soberano do voto. Sabem que vão perder as eleições e querem tentar interferir no resultado. Inaceitável! pic.twitter.com/YYxMBT8JCF
- Erika Kokay (@erikakokay) October 30, 2022
Por que começar com Silvinei?A CPMI dos Atos Golpistas obedece a uma lógica contida no plano de trabalho apresentado pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA). Por mais que o fio condutor da senadora seja combatido pela oposição, a CPMI tem uma cronologia que começa a partir da data do segundo turno como ignição da linha temporal. Em seguida, as datas chaves são 12 de dezembro, quando manifestantes bolsonaristas invadiram a sede da Polícia Federal, e 24 de dezembro, quando um caminhão-bomba foi plantado no aeroporto de Brasília em uma tentativa de ato terrorista capitaneada pelo empresário George Washington, dono de uma rede de postos de gasolina e o próximo depoente na CPMI, previsto para quinta-feira (22). Com isso, a Comissão procura desenhar uma sequência de eventos que culmina no dia 8 de janeiro, quando a Praça dos Três Poderes foi tomada e depredada por uma turba vestida de verde e amarelo. Isto é, o intuito é investigar para comprovar se houve premeditação e conexão entre as ações que antecederam cada evento para escancarar um plano de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no comando do Poder Executivo. Silvinei Vasques é o fio do novelo que se pretende desenrolar, centímetro a centímetro, para revelar o suposto esquema que impediria Luiz Inácio Lula da Silva de subir a rampa do Palácio do Planalto. Onde: Silvinei Vasques nasceu em 1975 no estado do Paraná, no município de Ivaiporã. Cargos:
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