Jair Bolsonaro ainda possui deputados leais no PSL, que não aceitam terceira via, como Carla Zambelli. Foto: Reprodução
A fusão entre o
PSL e o
DEM para formar o
União Brasil provocará uma debandada na legenda pela qual Jair Bolsonaro se elegeu presidente. Dos 54 deputados em exercício do PSL, 23 declararam que pretendem largar o partido, 11 estão em dúvida e outros nove não se pronunciaram, restando apenas a certeza de 16 parlamentares na
Câmara. Os dados são de levantamento do jornal
O Globo.
O União Brasil foi proposto com a promessa de formar a maior bancada dentro da Câmara dos Deputados, mas os planos ficam frustrados com a saída de 23 deputados. Entre os motivos apontados, o principal é a cogitação de um candidato para a candidatura à presidência, com o nome de
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) como principal citado.
Mesmo após a saída de
Jair Bolsonaro, que permanece sem conseguir uma nova legenda, muitos dos parlamentares do PSL permaneceram leais ao presidente e preferem se filiar a um partido que o ofereça apoio nas eleições de 2022.
Segundo o levantamento do Globo, ao menos 16 dissidentes do PSL declararam que vão escolher o mesmo partido de Bolsonaro, que nas últimas semanas tem flertado com o PP. O presidente mantém conversas com outas legendas, como o PTB. O presidente do PSL,
Luciano Bivar, minimiza as saídas. "Na eventualidade de alguns deixarem a sigla face a fusão, entendemos que no segundo momento (janela partidária), novos parlamentares virão e certamente manteremos um número significativo de congressistas", afirmou Bivar à repórter Bianca Gomes.
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