Bolsonaro em live nesta sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
A bancada do Psol protocolou nesta segunda-feira (2) uma petição no Supremo Tribunal Federal (
STF) pedindo a prisão preventiva do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL). O partido pede que Bolsonaro seja investigado por incentivar ações criminosas, como o bloqueio das estradas após o segundo turno, e seja anexado ao
inquérito dos atos antidemocráticos que corre na Corte.
O pedido também inclui a quebra do sigilo telefônico e a busca e apreensão de provas contra o ex-mandatário. Segundo a ação, durante todo o seu período a frente do Executivo, Bolsonaro "enalteceu a ditadura militar, defendeu abertamente golpe de Estado e divulgou
fake news sobre fraude eleitoral".
"É certo que a ato de insuflar multidões ao golpismo ao deslegitimar o processo eleitoral (entre outras, a mais recente tentativa de atentado à bomba) também deve acarretar a segregação cautelar de Jair Messias Bolsonaro", destaca o pedido.
Líder da bancada do partido, a deputada
Sâmia Bomfim (SP) destacou que o ex-presidente "precisa ser responsabilizado pelo mal que fez ao Brasil". "Agora é preciso que o principal líder [da extrema-direita], que não é mais presidente da República, também seja enquadrado", afirmou a deputada em comunicado à imprensa.
A petição é assinada por toda a bancada do partido, a atual e a que toma posse em fevereiro: Áurea Carolina; Célia Xacriabá;
Chico Alencar;
Erika Hilton;
Fernanda Melchionna;
Glauber Braga;
Guilherme Boulos;
Ivan Valente; Luciene Cavalcante;
Luiza Erundina;
Pastor Henrique Vieira;
Sâmia Bomfim;
Talíria Petrone;
Tarcísio Motta; e Vivi Reis. O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, também assina a ação.
"Bolsonaro cometeu crimes em série durante seu governo. Chamá-lo de genocida não é exagero. Infelizmente as instituições não agiram a tempo e tivemos de esperar até as eleições. Mas não aceitaremos nenhum dia de impunidade. Anistia nem pensar! Queremos Bolsonaro na cadeia", afirmou Juliano.
Confira a íntegra do pedido: