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Segurança Pública
Congresso em Foco
31/10/2023 | Atualizado às 09h47
Outro ponto contestado por ativistas é o trecho do projeto indica que 20% das vagas nas PMs devem ser preenchidas por mulheres. No entanto, a redação também é confusa e pode impor um limite à participação feminina. Divergências internas Entidades representativas de policiais defendem o projeto relatado por Contarato. "É um avanço civilizatório, é um avanço ao regime democrático", disse Rodolfo Queiroz Laterza, presidente do Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), na única audiência pública sobre o tema na CCJ. Laterza citou o apoio da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme) ao projeto agora aprovado da Lei Orgânica da Polícia Civil - também defendida pelo líder do PT no Senado. Para ambas as organizações, é necessário atualizar a lei sobre os policiais militares, já que a legislação atual é da época da ditadura militar e se tenta aprovar uma nova lei da PM desde 2001. O presidente da Feneme, Marlon Jorge Teza, citou a necessidade introduzida pelo projeto de apresentação de plano de segurança pelo comandante da PM, incluindo avaliações sobre letalidade e vitimização policial. "A gente conseguiu chegar a um bom termo. É verdade, nunca vamos chegar ao consenso total", disse durante a reunião na CCJ. Apesar da manifestação das associações de classe dos policiais, a proposta de nova lei da PM não é consenso nem mesmo no governo Lula. Em 13 de outubro, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, comandado por Silvio Almeida, emitiu nota criticando diferentes pontos do projeto, incluindo o trecho que pode liberar a extinção de secretarias de segurança pública e da mudança nas ouvidorias. O ministério foi além e criticou ainda o reforço da "lógica militarista" nas forças de segurança. Para a pasta comandada por Silvio Almeida o texto reforça o vínculo da Polícia Militar com as Forças Armadas. "Não há avanços no ponto de vista de uma discussão transparente e democrática sobre o uso da força, sobre o combate ao racismo e sobre a construção de um policiamento baseado em evidências", diz a nota do Ministério dos Direitos Humanos. "Essa lei orgânica, da forma como está, não muda a estrutura das polícias militares, ela não deslimitariza", diz Ricardo. A especialista afirma que o texto não altera ou moderniza a estrutura das polícias, ainda que estabeleça normas e procedimentos que podem melhorar o funcionamento da corporação. As críticas à proposta da nova lei da PM também levaram a Sou da Paz a apresentar uma nota técnica sobre o projeto. Leia aqui. Apesar disso, Contarato não alterou o texto. As emendas acatadas em seu relatório são principalmente de redação e não mudam substancialmente as propostas. Com isso, se o texto for aprovado no plenário, segue para sanção presidencial. Com urgência aprovada, o texto deverá ser votado nesta terça-feira pelos senadores. O Congresso em Foco procurou o senador Fabiano Contarato sobre as críticas das organizações civil ao projeto que ele relata, mas não obteve respostas. Em caso de retorno, a reportagem será atualizada.
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