Dornelles e Barbosa tiveram longa passagem pelo Congresso e estavam hospitalizados. Fotos: Ag. Senado e Ag. Câmara
Morreram nesta quarta-feira (23) dois ex-parlamentares - o ex-senador, ex-governador, ex-ministro e ex-deputado
Francisco Dornelles (PP-RJ), de 88 anos, e o ex-deputado
Eduardo Barbosa (PSDB-MG), de 64. Conhecido por sua atuação na defesa das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), Barbosa estava internado em Brasília com problemas cardíacos e faleceu na madrugada. Dornelles estava hospitalizado no Rio de Janeiro desde o final de maio. A causa da morte dele ainda não informada.
O ex-senador era sobrinho de Tancredo Neves e primo de Getúlio Vargas. "Hoje o PP perdeu o seu presidente de honra, o ex-deputado federal, ex-senador, ex-ministro e ex-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles. Ex-presidente do partido, ao longo de sua trajetória política Dornelles é referência política nacional e um exemplo de homem que fazia a Política maior. Meus sentimentos aos familiares e amigos", lamentou o presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL).
Dornelles foi deputado federal por cinco
legislaturas pelo Rio de Janeiro e também deputado constituinte. Foi senador entre 2007 e 2015. Também foi secretário da Receita Federal de 1979 a 1985 (governo João Figueiredo); ministro da Fazenda em 1985 (governo Sarney); ministro da Indústria, do Comércio e do Turismo entre 1996 e 1998 (governo FHC); e ministro do Trabalho e Emprego entre 1999 e 2002 (governo FHC). Em 2016, era vice-governador do Rio de Janeiro e assumiu o governo de forma interina devido ao afastamento por razões de saúde do então governador Luiz Fernando Pezão.
Já Eduardo Barbosa exerceu sete mandatos na Câmara dos Deputados (de 1995 a 2023), também foi ouvidor-geral da Casa e vice-líder do PSDB por vários anos. Eduardo Barbosa foi autor do projeto que deu origem à lei que criou uma renda básica emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante a crise provocada pela pandemia da Covid-19 (
PL 9236/17); e do projeto que originou a lei que obriga o País a garantir educação e aprendizagem ao longo da vida a jovens e adultos que estão fora da idade escolar e às pessoas que têm necessidades especiais (
PL 5374/16).
O PSDB publicou uma nota lamentando a morte do deputado: "Sentimos profundamente a morte de Eduardo Barbosa, que foi deputado federal pelo PSDB, por Minas Gerais, durante sete mandatos. Fez um trabalho belíssimo, digno de todo reconhecimento." A nota do partido lembra ainda que o ex-deputado "promoveu políticas inclusivas, deixou um legado muito importante em prol das pessoas com deficiência, com forte atuação na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais)".
(Com informações da Agência Câmara)