"Lula, cadê você?", "sem anistia" e bonés: oposição e governo duelam na Câmara; assista
A mensagem presidencial foi entregue pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que representou o presidente Lula.
Congresso em Foco
03/02/2025 | Atualizado às 17h44
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Deputados e senadores governistas usaram bonés coloridos em resposta ao boné vermelho usado por políticos brasileiros em apoio a Donald Trump. Foto: Pedro Sales/Congresso em Foco
O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), interrompeu manifestações de parlamentares do governo e da oposição durante a sessão solene de abertura do ano legislativo. A mensagem presidencial, com um balanço do ano e as prioridades do Executivo, foi entregue pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que representou o presidente Lula. O texto foi lido pelo primeiro-secretário da Câmara, Carlos Veras (PT-PE).
O presidente da República não é obrigado a comparecer à sessão. Na maioria das vezes, envia o chefe da Casa Civil como seu representante. A oposição cobrou a presença de Lula aos gritos: "Lula, cadê você? O povo tem fome e não tem o que comer". Parlamentares governistas então entoaram o grito "sem anistia", em resposta. O novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou que pretende pautar o projeto que prevê perdão aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, mas sem se comprometer com a aprovação da proposta.
A bancada do PL também confeccionou bonés em resposta aos azuis com a frase "O Brasil é dos brasileiros", usado pelos ministros de Lula na eleição do Congresso no último sábado (1°). Em bonés verde e amarelo, os bolsonaristas estampam os dizeres "Comida barata novamente. Bolsonaro 2026". Além disso, os deputados da bancada fizeram etiquetas para café e picanha criticando o presidente Lula.
Motta recebeu 444 votos no último sábado (1), com apoio de quase todos os partidos, inclusive PT e PL.
[caption id="attachment_617622" align="aligncenter" width="623"] Deputados Domingos Sávio e Junio Amaral, do PL de Minas Gerais, usaram boné contra o governo. Foto: Pedro Sales/Congresso em Foco[/caption]