Arthur Maia e Eliziane Gama vão comandar a CPMI dos Atos Golpistas
Congresso em Foco
25/05/2023 | Atualizado às 13h23
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Eliaziane Gama será a relatora da CPMI dos Atos Golpistas. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), informou nesta quinta-feira (25) que a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) será a relatora da CPMI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro. O anúncio foi feito pelo senador minutos antes do início da reunião de instalação da comissão parlamentar mista de inquérito.
Eliziane desbancou nomes favoritos ao cargo, como Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), que ficaram de fora da comissão em uma tentativa do governo de amenizar conflitos. O deputado Arthur Maia (União-BA) é o indicado para presidir a CPMI, e o vice-presidente será o senador Cid Gomes (PDT-CE).
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) questionou o fato de a relatoria ficar com Eliziane Gama ao apontar que ela "tem amizade" de longa data com o ministro da Justiça, Flávio Dino. Marcos do Val protagonizou o primeiro bate-boca da CPMI ao interromper a reunião.
Bate-boca
O senador Otto Alencar, que preside a primeira reunião preparatória para eleger presidente e relator da CPMI, repreendeu o senador capixaba: "Isso não é uma delegacia". A discussão ocorreu porque a oposição demonstrou insatisfação com a indicação de Eliziane porque a relatoria é um importante instrumento em comissões para formular o texto a ser aprovado pelos parlamentares.
No início de maio, o governo costurou acordos para obter maioria na CPMI, que tem potencial de ser o maior cabo de guerra entre oposição e situação no primeiro ano de gestão do presidente Lula.
Nas últimas horas, o governo fez articulações diretas para indicar os nomes que faltavam para compor o colegiado. Foram indicados os senadores Veneziano Vital do Rêgo (PB) e Marcelo Castro (PI), ambos do MDB. Era exatamente sobre o partido, que detém a maior bancada do Senado, que pairavam dúvidas sobre quem iria ocupar as vagas.
Destinada a investigar os atos de ação e também de omissão ocorridos no início do ano, quando milhares de pessoas a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro depredaram a Praça dos Três Poderes, a CPMI teve a composição de colegiado completa divulgada pouco antes da reunião de abertura começar.