O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho perdeu 700 gramas desde o início da greve de fome, ontem à tarde. De acordo com boletim divulgado pelo médico da família do pré-candidato à presidência da República pelo PMDB, Garotinho está lúcido, hidratado, com ritmo cardíaco regular e pressão arterial e cardíaca normais. O peso do peemedebista diminuiu de 89,9 kg ontem para 89,2 kg hoje. No fim da manhã, Garotinho foi submetido a um exame de eletrocardiograma.
O pré-candidato disse que a greve de fome é protesto contra a "campanha mentirosa e sórdida" promovida pela mídia para desconstruir sua imagem. Ele afirma que sofre perseguição da mídia, do sistema financeiro e do governo Lula.
"Tudo com um só objetivo: impedir que me torne candidato a presidente da República e rompa com este modelo econômico que, ao longo de anos, tem trazido desemprego, fome e miséria para milhões de brasileiros. Um sistema que vem destruindo a nacionalidade brasileira, humilhando as Forças Armadas, entregando nosso patrimônio à ganância estrangeira e, sobretudo, aviltando nossos valores éticos, morais e de amor ao Brasil", afirmou Garotinho, em um documento divulgado ontem.
O ex-governador faz duas exigências para suspender a greve de fome: que seja instituída uma supervisão internacional no processo político-eleitoral brasileiro, assegurando a igualdade de tratamento a todos os candidatos, com acompanhamento de instituições nacionais que tradicionalmente defendem a democracia, e que os veículos de comunicação que o acusam "cedam o mesmo espaço para que a população possa conhecer a verdade dos fatos".