CPMI terá duas reuniões nesta terça. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas terá seu plano de trabalho apresentado pela relatora, senadora
Eliziane Gama (PSD-MA), nesta terça-feira (6), a partir das 9h. A partir das 14h será realizada uma segunda reunião para análise de pedidos dos parlamentares.
Até o momento, a CPMI
bateu o recorde de requerimentos. Estão na fila mais de 600. O presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), conversou com o presidente do Congresso Nacional,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na última quarta (31) para conseguir apoio de infraestrutura (salas e logística). Ele também apresentou requerimentos ao procurador Augusto Aras para obter apoio da Procuradoria-Geral da República na análise de documentos.
Conforme anunciado tanto por Eliziane quanto por Maia, a expectativa é que o plano apresente a ideia de mais de uma reunião, duas ou até mesmo três por semana, para dar conta de tantos requerimentos de oitivas, apresentação de documentos e quebra de sigilos de contas bancárias e telefone.
Estratégias
O governo garantiu maioria categórica na
CPMI dos Atos Golpitas. Apenas oito dos 32 parlamentares indicados para a comissão se opõem radicalmente ao governo Lula. A estratégia do governo para a CPMI está divididas em três eixos: quem planejou, quem participou e quem financiou as ações criminosas que depredaram as sedes dos três Poderes em 8 de janeiro.
A ideia é ampliar o marco temporal das apurações para 31 de outubro do ano passado, data do 2º turno, indo muito além do fatídico domingo e chamar militares suspeitos de omissão e, na reta final dos trabalhos, convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro para responsabilizá-lo pela tentativa frustrada de golpe de Estado.
A convocação do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, que foi interventor na Segurança Pública do Distrito Federal logo após os atos golpistas, é certa. Também estão na lista dos governistas o próprio ministro da Justiça, Flávio Dino, integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e financiadores dos ônibus que transportaram os acusados.
Já a aposta oposicionista é a criação de sub-relatorias dentro da CPMI para investigar questões pontuais que possam criar algum desgaste para o governo. Arthur Maia não descartou instalar
sub-relatorias, mas isso depende do plano de trabalho estipulado pela relatoria. Maia levantou a hipótese de criar subgrupos para tratar de temas específicos.
Veja quem são os integrantes da CPMI:
CÂMARA
Titulares:
Suplentes:
SENADO
Titulares: