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Congresso em Foco
14/10/2008 | Atualizado às 16:50
A campanha da candidata à prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT) retirou do ar a propaganda que questionava a vida pessoal de seu adversário, o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição. A inserção causou polêmica e foi criticada até mesmo por petistas.
"Você sabe mesmo quem é o Kassab? Se já teve problemas com a Justiça? Se melhorou de vida depois da política? Sabe se ele é casado? Tem filhos?", questionava a propaganda. Veja abaixo o vídeo:
A coordenação da campanha do prefeito já entrou com sete representações no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo contra a campanha da petista. Os questionamentos se limitam à insinuação de que ele teria se enriquecido na vida política.
Mas foi a pergunta sobre o estado civil de Kassab que recebeu críticas de petistas, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O assunto também foi motivo de debate no Senado há pouco.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), ex-marido de Marta, informou aos demais senadores que a propaganda foi retirada do ar. Suplicy disse que manifestou à ex-mulher seu descontentamento com os questionamentos sobre a vida pessoal do prefeito.
Para ele, o “equívoco” não atrapalhará os planos da petista de voltar a comandar a prefeitura paulistana. “Tenho a convicção de que Marta terá condições de reverter esse quadro em função de sua gestão e experiência”, afirmou.
A senadora Fátima Cleide (PT-RO), relatora do projeto de lei que torna crime a discriminação de homossexuais, também lamentou a insinuação feita pela propaganda. “É um equívoco que não deve ser cometido por mais ninguém”, criticou a senadora. “Mas um erro não deve levar a outro, porque Marta sofreu todo tipo de violência e machismo em sua vida pública. Até por isso, não aceitamos que a campanha eleitoral dela tenha assumido esse tom”, acrescentou.
Fátima e Suplicy se manifestaram durante o discurso do senador Papaléo Paes (PSDB-AP), que classificou como “sinal de desespero” a tentativa da campanha de Marta de fazer insinuações sobre a vida pessoal de Kassab. “Isso não condiz com a história do PT”, ressaltou. (Edson Sardinha)
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