[caption id="attachment_83660" align="alignleft" width="285" caption="Policiais federais fazem manifestação em frente ao Palácio do Planalto. Greve deverá atingir 21 das 24 categorias de servidores até o final da semana"]
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[fotografo]Marcello Casal/ABr[/fotografo][/caption]Depois de categorias como os servidores do Incra, do INSS e de universidades federais, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) adere tanbém à greve do funcionalismo nos três estados da região Sul, que passa a aderir à mobilização nacional da classe. Na próxima quinta-feira (23), um ato deve marcar a greve desses trabalhadores no Paraná, com uma semana de atraso em relação aos policiais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, já paralisados desde a última quinta-feira (16). Na véspera, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente licenciado da Força Sindical (por estar na disputa pela Prefeitura de São Paulo), já havia adiantado a possibilidade ao
Congresso em Foco, acrescentando que trabalhadores da iniciativa privada também cogitam fazer greve.
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Trata-se da primeira paralisação grevista, com tempo indeterminado para interrupção, em toda a história da PRF, desde 1928 em atividade no Brasil. Ao todo, 24 sindicatos regem a categoria - de acordo com a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fena-PRF), apenas três deles deixarão de aderir ao movimento até o fim da semana. Está agendada para a manhã da quinta-feira (23) uma reunião entre representantes da federação e o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
Entre as reivindicações da corporação estão, obviamente, o reajuste dos salários, novas contratações de agentes rodoviários, pagamento dos adicionais de insalubridade e noturno, reestruturação da carreira e o reconhecimento do status de nível superior para a função de policial rodoviário.
Os policiais rodoviários do Paraná apenas esperam o fim do prazo de 72 horas desde a comunicação oficial da paralisação, formalizada ontem (segunda, 20) na superintendência estadual da PRF. A partir do início da greve, uma operação-padrão será posta em execução, com atendimentos apenas a acidentes graves ou com vítima, como também a registros de transtornos ao fluxo de trânsito. Mesmo legalmente impedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, os policiais alegam que tentam negociar com o governo federal há dois anos, sem avanços nesse sentido.
Em seis estados (Bahia, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro) e no Distrito Federal, ocupantes de postos de comando abdicaram de seus cargos como demonstração de apoio ao movimento. Seis postos de fiscalização gaúchos da PRF foram fechados por insuficiência de agentes.
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