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Congresso em Foco
22/4/2010 18:12
Renata Camargo
O novo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB), eleito por deputados da Câmara Legislativa do DF no último sábado (17), fez doações na campanha eleitoral, em 2006, para parlamentares distritais que o elegeram. Segundo denúncia do site Contas Abertas, Rosso beneficiou, pelo menos, três deputados investigados pela Operação Caixa de Pandora, suspeitos de envolvimento no esquema de propina, conhecido como mensalão do DEM.
De acordo com a reportagem da ONG divulgada hoje (22), Rosso declarou ter doado, pelo menos, R$ 398,8 mil a candidatos a deputado distrital. Entre os beneficiados, está a deputada Eurides Brito (PMDB) - flagrada escondendo dinheiro na bolsa -, além dos também investigados Benício Tavares (PMDB) e Odilon Aires (PMDB). Os três estão citados no inquérito da Polícia Federal, em denúncia feita pelo ex-secretário Durval Barbosa.
Segundo o Contas Abertas, Benício Tavares recebeu R$ 220,3 mil de Rosso. O valor correspondia a 67% do total gasto por Tavares em toda sua campanha eleitoral. Eurides Brito, que também apoiou Rosso nas eleições de sábado, foi beneficiada com R$ 60 mil. O site não informou quanto recebeu Odilon.
Além dos três, também foi beneficiada com doações do novo governador do DF a filha do ex-governador Joaquim Roriz, Jaqueline Roriz, que recebeu R$ 38,5 mil. A parlamentar, no entanto, não votou em Rosso no pleito de sábado. Seu voto foi para o oponente do governador "tampão", o distrital Wilson Lima (PR).
As doações de Rosso para parlamentares distritais constam na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da campanha do peemedebista para deputado federal em 2006. Rosso não chegou a se eleger em 2006, ficando como suplente do partido. De acordo com a prestação de contas do TSE, o novo governador gastou em torno de R$ 1,5 milhão em sua campanha para deputado.
Em resposta à reportagem, o novo governador do DF justificou, por meio de sua assessoria, que as doações de 2006 foram feitas a distritais de seu partido. A assessoria afirmou ainda que "acredita não haver nenhum problema quanto a um eventual conflito de interesses entre os que receberam doações e votaram em Rosso". A deputada Eurides Brito também disse não ver "qualquer problema". Os demais distritais não retornam o contato com a reportagem.
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