Lula anuncia que prefeitos do Rio Grande do Sul já podem fazer pedidos de auxílio
Presidente fala sobre ações do governo para enfrentar tragédia no Rio Grande do Sul provocada por enchentes
Congresso em Foco
07/05/2024 | Atualizado às 10h52
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Lula participa de live com jornalista Karine Mello, da EBC, e ministros. Foto: EBC/Reprodução
O presidente Lula (PT) falou nesta terça-feira (7), durante entrevista ao Programa Bom Dia, Presidente, que a meta do governo federal é não permitir que a burocracia crie entraves para a liberação de recursos ao estado. Segundo ele, a partir desta terça, estão abertos os pedidos para que as prefeituras se cadastrem para investimentos em hospitais, creches e outras demandas originárias das chuvas.
"Portanto, prefeitos, entrem no computador e comecem a fazer seus pedidos", disse o presidente.
Na semana passada, em visita a Santa Maria, um dos primeiros municípios a serem devastados pelas chuvas, Lula prometeu que o governo federal fará a liberação de R$ 580 milhões em emendas para o estado, que atenderão a 497 municípios. O dinheiro, contudo, ainda não tinha revisão de chegar às contas dos municípios.
A prefeitura de Santa Maria, uma das primeiras cidades a ser atingida pelas chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30), estima que sejam necessários cerca de R$ 300 milhões para recuperar os prejuízos estruturais deixados pelos temporais.
"A dificuldade inicial é que nenhum prefeito, o governador disse isso com todas as letras no último domingo, tem noção do estrago que foi feito. Por enquanto, as pessoas imaginam, pensam. Mas a gente só vai ter o estado real quando a água baixar e a gente ver o que aconteceu de fato no Rio Grande do Sul.", disse Lula.
Sobre o projeto de decreto legislativo, enviado pelo governo federal, que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul e já aprovado pela Câmara dos Depurados, Lula avaliou que a proposta é iniciar a liberação de recursos por meio dos ministérios.
"O Ministério da Saúde pode liberar recurso, o Ministério da Integração Nacional, o Ministério da Educação. Vai liberando recurso de acordo com as necessidades fundamentais que são colocar a criança na escola, colocar as pessoas no hospital, a compra de remédio, de combustível, de água, de comida. Esse dinheiro vai saindo normalmente pelo ministério, sem muita burocracia."
"O que eu posso garantir é que há 100% de vontade da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas e do Poder Judiciário para que a gente facilite o máximo possível os recursos", disse. "Os ministérios têm estrutura nos estados, mas queremos trabalhar junto com as secretarias do estado", completou, ao citar a recuperação de estradas federais e mesmo estaduais.