[caption id="attachment_50086" align="alignleft" width="319" caption="Na quarta-feira (4) na CCJ, o penúltimo ato do julgamento do destino de Demóstenes como senador"]
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[fotografo]Geraldo Magela/Senado[/fotografo][/caption]
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Enquanto a
Câmara prepara um aumento da verba de gabinete dos deputados, o Senado dará mais um passo no sentido da cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
Depois da aprovação unânime do pedido de perda de mandato de Demóstenes por quebra de decoro pelo Conselho de Ética na semana passada, agora será a vez da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisar a constitucionalidade e a legalidade do processo. Na semana passada, o senador Pedro Taques (PDT-MT), indicado relator do caso na CCJ, dá apresentou seu parecer no sentido de que todo o processo foi legal e que Demóstenes teve direito à ampla defesa. A CCJ reúne-se para analisar o parecer de Pedro Taques na quarta-feira (4).
Pelo calendário programado, a intenção dos senadores é votar o processo de cassação de Demóstenes em plenário no dia 11 de julho. Ao contrário do que aconteceu no Conselho de Ética e acontecerá na CCJ, no plenário a votação do destino do senador goiano será secreta. Demóstenes será cassado se assim entender a maioria absoluta dos senadores na votação.
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Enquanto desenrola-se o caso de Demóstenes, a CPI do Cachoeira prosseguirá na investigação do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Esta semana, serão ouvidas outras pessoas ligadas ao governo de Goiás, do governador Marconi Perillo. Na terça-feira (3), deporá o ex-presidente do Detran de Goiás, Edivaldo Cardoso. De acordo com a Polícia Federal, ele era um dos intermediários do bicheiro com Marconi e fazia parte da "cota" de Cachoeira na administração estadual. Em uma conversa revelada pelo Congresso em Foco, Marconi telefona para Cachoeira, reclama não ter sido convidado para o aniversário do bicheiro e marca com ele um jantar. Nessa conversa, ele menciona Edivaldo.
Em grampo, Perillo marca jantar com Cachoeira
Durante o depoimento de Marconi à CPI, o relator
Odair Cunha (PT-SP) apresentou uma denúncia protocolada em 2011 que alertava o governador sobre a relação entre Edivaldo e Cachoeira, e que isso poderia lhe causar problemas.
A CPI ainda vai ouvir Rosely Pantoja, dona da Alberto & Pantoja, uma das empresas fantasmas ligadas ao esquema de Cachoeira, usada para receber recursos da construtora Delta. Segundo a Polícia Federal, os recursos depositados nas contas das empresas fantasmas, como a Alberto & Pantoja, teriam abastecido campanhas eleitorais, inclusive a de Marconi Perillo.
Há a possibilidade de haver ainda o depoimento de outra pessoa envolvida com a criação das empresas fantasmas do esquema Cachoeira: o contador Rubmaier Ferreira de Carvalho. Rubmaier está envolvido com a criação de pelo menos duas empresas de fachada do esquema. Ele admite participação na criação da Brava Construções, mas, como revelou na semana passada o
Congresso em Foco, a CPI tem informações de seu envolvimento na criação também de outra empresa, a Adércio & Rafael Construções. O jornalista Luís Carlos Bordoni afirma ter recebido dinheiro em troca de um trabalho na campanha de Marconi Perillo a partir da Alberto & Pantoja e da Adércio & Rafael.
Surge nova empresa fantasma do esquema Cachoeira
A CPI também ouvirá o policial aposentado Joaquim Gomes Thomé. Segundo a PF, Cachoeira contratou Thomé para realizar serviços de interceptação ilegal de e-mails. Suspeita-se que políticos e jornalistas eram as vítimas dos grampos feitos por Thomé.
O Senado ainda pode votar uma das três propostas de emenda à Constituição que determinam o voto aberto em todas as sessões do plenário.
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