[caption id="attachment_193197" align="alignright" width="213" caption="Pedro Eugênio de Castro Toledo Cabral (1949-2015)"]
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[fotografo]Elisabete Alves/Ministério da Cultura[/fotografo][/caption]O ex-deputado do PT Pedro Eugênio morreu na noite desta segunda-feira (20), aos 66 anos, por problemas decorrentes de uma cirurgia cardíaca. Nascido em Recife em 29 de março de 1949, ele se recuperava da intervenção cirúrgica no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, onde estava internado há três meses.
O ex-deputado era formado em Economia pela Universidade Católica de Pernambuco, onde também deu aula nos anos 1970. Nesse período, engajou-se na resistência à ditadura e, em razão dessa militância, foi preso e torturado pelo regime militar em 1972.
Pedro Eugênio de Castro Toledo Cabral se destacou no Congresso, entre outras funções, como presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa (2012) e da Comissão Especial da PEC do Orçamento Impositivo (2013), além de vice-presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara (2014). Em 2012, ele também foi o relator do Procultura, programa que estabelece regras para o financiamento do setor cultural.
Pedro Eugênio também foi secretário de Fazenda e Planejamento do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1987), bem como deputado estadual eleito pelo PSB em 1994 e, em 1998, para a Câmara. Em 2006, voltou à Casa já pelo PT, tendo sido reeleito em 2010.
Nas eleições municipais de 2012, disputou a Prefeitura de Ipojuca (PT) pelo PT, mas ficou em quarto lugar naquele pleito (2.981 votos, ou 5,85% do total).
O velório está previsto para a manhã desta quarta-feira (22) no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana de Recife. No mesmo local, o corpo de Pedro Eugênio será cremado em cerimônia reservada aos familiares. Ele deixa viúva - a engenheira química Carminha, com quem casou em 1973 -, duas filhas e um neto.
Pesar
Em notas de pesar, petistas e políticos pernambucanos manifestaram solidariedade à família de Pedro Eugênio tão logo foi divulgada a notícia da morte. Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) disse que Pedro Eugênio era "quadro qualificado" da política pernambucana e "sempre se destacou nas funções públicas que exerceu, em nível estadual e nacional". "Quero apresentar minhas sinceras condolências aos seus familiares e aos seus companheiros da sua longa militância social e política" ", acrescentou o governador.
Líder do PT no Senado,
Humberto Costa (PE) disse lamentar "profundamente" a morte do "amigo e companheiro", que impõe "momento de luto" ao partido em Pernambuco. Costa diz que o correligionário, "mesmo nos momentos mais difíceis, nunca perdeu o bom humor e nem sua capacidade de resistir e lutar". "Perdemos um dos maiores quadros do nosso partido no Estado e no país. Sua atuação política sempre foi pautada pela ética e pela dedicação às causas daqueles que mais precisam. [.] Ele deixa uma lacuna na política e uma saudade enorme", resignou-se o senador.
Já a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que está de saída do partido, disse que o ex-colega era "competente, determinado, conciliador". "A cultura perde um grande parceiro e apoiador; o PT um grande quadro. Meus sentimentos à família de Pedro Eugênio", disse a ex-ministra da Cultura.