[caption id="attachment_232519" align="alignleft" width="360" caption="Líder do PT, deputado Afonso Florence encabeça esforço de convencimento"]

[fotografo]Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]A estratégia do PT na Câmara é barrar o pedido de impeachment ainda no plenário da Casa. A decisão política foi tomada pela bancada de deputados da legenda. Cada parlamentar petista está conversando com colegas de outros partidos que ainda estão em dúvida sobre o pedido de impeachment. Pelo Regimento Interno da Casa e a Constituição, para barrar a saída da presidente Dilma Rousseff e arquivar o pedido de impeachment são necessários 172 votos. O PT ainda não tem certeza de que dispõe desse número e a dificuldade aumenta a cada hora.
Barrar o impeachment ainda na votação do relatório da comissão processante seria o ideal para o PT. Se não conseguir isto, o PT tentará rejeitar no plenário da Câmara, onde votarão nominalmente e no painel eletrônico. Os petistas contam como votos certos para parar o impeachment com os 12 deputados do PCdoB, os quatro do PSol, parte do PMDB, do PP e do PR. No PSB, apesar do clima de oposição ao Planalto - que provocou a ação do partido contra a posse do ex-presidente Lula como ministro -, os petistas contam com o apoio de
Luiza Erundina (SP), recém-integrada à bancada, e outros que ainda apoiam o governo.
O PT quer evitar o constrangimento de deixar para o presidente do Congresso,
Renan Calheiros (PMDB-AL), a tarefa de arregimentar apoio à permanência da presidente no cargo. Os petistas entendem que se o processo for ao Senado, aumentará ainda mais as divisões internas dos partidos que compõem a base governista no Congresso, aumentando-se a dificuldade para barrar o impeachment.
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