[caption id="attachment_259294" align="aligncenter" width="614" caption="Janaína: "Se houver alguém fazendo algum tipo de composição nesse processo, é Deus. Foi Deus que fez com que várias pessoas, ao mesmo tempo, cada uma na sua competência""]
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Coautora da denúncia contra Dilma Rousseff, a advogada Janaína Paschoal refutou o argumento de que o processo de impeachment é resultado de uma espécie de "conluio", tal como vem argumentando a defesa da presidente afastada. Ao encerrar sua fala durante o julgamento da petista no Senado, a jurista ficou com a voz embargada e pediu desculpas a Dilma". Não foi minha intenção, mas lhe causei sofrimento", disse Janaína na tribuna do Senado.
"Eu acho que, se houver alguém fazendo algum tipo de composição nesse processo, é Deus. Foi Deus que fez com que várias pessoas, ao mesmo tempo, cada uma na sua competência, percebessem o que estava acontecendo com o nosso país e conferiu a essas pessoas coragem para se levantarem e fazerem alguma coisa a respeito", disse Janaína.
Esta não é a primeira vez que a jurista traz referências religiosas ao processo. Em um evento pró-impeachment realizado em abril, na Faculdade de Direito da USP Largo São Francisco, Janaína disse que
o Brasil "não é a república da cobra". Segundo ela, quando "a cobra cria asa", Deus manda "uma legião para libertar o país do cativeiro de almas e mentes".
Ao encerrar sua fala, Janaína se emocionou e, com a voz embargada, pediu desculpas à presidente afastada. "Peço que ela um dia entenda que eu fiz isso pensando também nos netos dela", disse a advogada.
Veja o vídeo com Janaína:
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Confusão
Após Janaína se retirar da tribuna, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) pediu a palavra. Ele reclamou que o deputado
José Guimarães (PT-CE), que acompanha a sessão no plenário do Senado, teria chamado a advogada de golpista.
"Se ele não se comportar adequadamente, que o faça retirar do plenário pela polícia do Senado Federal, porque é isso que ele merece", disse o tucano, que inflamou os ânimos dos colegas presentes.
"Silêncio, vamos manter o clima civilizado", pediu o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski. A sessão foi suspensa por cinco minutos e em seguida foi retomada para ouvir o jurista Miguel Reale Junior.
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