Câmara pauta versão final de regulamentação da reforma tributária
Câmara abre semana de esforço concentrado na economia com votação da revisão final da regulamentação do novo sistema tributário.
Congresso em Foco
16/12/2024 | Atualizado às 22h57
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Câmara abre semana de esforço concentrado na economia com votação da revisão final da regulamentação do novo sistema tributário. Foto: Agência Câmara
A publicação abaixo foi uma transmissão ao vivo de uma sessão de votações que se encerrou na noite de segunda-feira. Desça na reportagem para assistir à íntegra da sessão, em vídeo -- ou clique nos links abaixo para saber os resultados:
Em semana de esforço concentrado na agenda econômica, a Câmara dos Deputados pautou nesta segunda-feira (16) o relatório final da primeira etapa da regulamentação da reforma tributária, que retornou do Senado e define as alíquotas para o novo sistema. Desta vez, não caberá ao plenário decidir a aprovação ou não do texto, mas sim se deverão prevalecer os termos do relatório original ou do Senado.
O novo modelo substitui os atuais ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins por um único tributo, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que será subdividido em três: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), com arrecadação destinada aos estados e municípios, a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), destinada à União e o Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos danosos à saúde e/ou ao meio ambiente, servindo para subsidiar todos os demais.
Confira a íntegra dos debates:
A versão aprovada no Senado prevê uma alíquota superior à anteriormente definida pela Câmara para o IVA: de 26,5%, ela subiu para 28,55% graças ao aumento do número de itens e serviços que deverão receber descontos. Mais cedo, o relator Reginaldo Lopes (PT-MG) afirmou que pretende retirar parte dessas exceções, de modo a diminuir em ao menos 0,7 ponto percentual.
Para conseguir reduzir a alíquota, a estratégia em mente é retirar parte dos serviços com descontos no novo modelo tributário. Para isso, o grupo de trabalho da reforma propõe que saneamento básico seja retirado da lista de serviços com taxa reduzida, e o desconto nos impostos para atendimento veterinário caia de 60% para 30%. Também deverá ser retomado o critério anterior de quais medicamentos poderão receber descontos de até 60% na alíquota: a versão do Senado os vincula a uma lista própria de doenças, enquanto os deputados adotaram por parâmetro a lista da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.
Outras estratégias incluem retirar o desconto dado pelo Senado para a compra e venda de contratos de jogadores de clubes de futebol, participação do Tribunal de Contas da União (TCU) na definição das alíquotas sobre combustíveis e a retirada de estacionamentos do regime especial previsto para a locação de bens imóveis.