[caption id="attachment_78745" align="alignleft" width="280" caption="Após relatos, CPI chegou a discutir proteção aos envolvidos com a investigação da Monte Carlo em Goiás"]
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[fotografo]José Cruz/Agência Senado[/fotografo][/caption]A
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Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (6) Adriano Aprígio de Souza, ex-cunhado do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de ameaçar a procuradora da República Léa Batista Oliveira. Ela atua no inquérito que resultou na Operação Monte Carlo, deflagrada em 29 de fevereiro e que resultou na prisão do contraventor e na denúncia por diversos crimes de formação de quadrilha e de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores a outras 80 pessoas.
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De acordo com nota divulgada pela PF, a investigação demonstrou que ao menos um dos e-mails investigados foi enviado da própria residência de Aprígio, localizada em Anápolis (GO). O ex-cunhado de Cachoeira foi preso por policiais federais quando saía de casa na manhã de hoje. Ele é irmão de Andreia Aprígio, que administra o laboratório de medicamentos Vitapan. Além da prisão, os agentes também cumpriram dois mandados de busca e apreensão, todos autorizados pela 11ª Vara da Justiça Federal, em Goiânia.
"A PF reafirma que repudia toda forma de ameaça, intimidação ou coação dirigida a qualquer membro de órgãos envolvidos na persecução criminal e que continuará atuando nos limites da legalidade com o objetivo de responsabilizar criminalmente os seus autores", informou a nota da Polícia Federal. A procuradora já tinha relatado as ameaças a integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, em maio, e do Ministério Público Federal. De acordo com a investigação da Operação Monte Carlo, Adriano é o principal testa de ferro na organização criminosa supostamente chefiada por Cachoeira.
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Desde que a Operação Monte Carlo ocorreu, em 29 de fevereiro, este não foi o único relato de ameaças. O juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que autorizou escutas telefônicas da investigação e também a prisão do bicheiro Carlos Cachoeira, pediu para deixar o caso por estar sofrendo ameaças. Depois, a
deputada Íris de Araújo (PMDB-GO) relatou à CPI do Cachoeira ter sido ameaçada. A comissão chegou a discutir formas de proteger os envolvidos com a investigação dos crimes da quadrilha supostamente chefiada por Cachoeira, mas não foi tomada nenhuma decisão.
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