[caption id="attachment_71219" align="alignright" width="285" caption="Segundo Garibaldi, Executivo e Legislativo começariam com um fundo único, e poderiam separar-se ou não no futuro"]

[fotografo]Antonio Cruz/ABr[/fotografo][/caption]O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, esteve nesta segunda-feira (13) no Senado para discutir com o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), a união dos fundos de previdência complementar para os servidores dos dois poderes.
Dilma sanciona nova previdência do servidor público
Leia outros destaques do Congresso em Foco
De acordo com a lei sancionada, os novos servidores que forem aprovados em concurso público não terão mais direito, após a criação dos fundos de previdência, a aposentadoria integral. Ficou prevista a criação de três fundos de pensão - um para cada poder da República -, e o teto da aposentadoria do serviço público foi igualado ao da iniciativa privada. Os fundos complementarão a possibilidade de valores maiores.
"Agora estamos examinando a possibilidade de, em um momento inicial, termos um fundo do poder Executivo com o Poder Legislativo", disse Garibaldi ao sair da reunião com Sarney.
O ministro disse esperar que os decretos com a regulamentação da lei sejam editados antes de outubro, data limite para a criação dos fundos de previdência, e a estimativa é que, em janeiro, o fundo conjunto já esteja "em pleno funcionamento".
Segundo Garibaldi, Sarney apoiou a proposta e levará a discussão para o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Inicialmente, o fundo conjunto funcionará por dois anos, mas há a possibilidade de permanecer por tempo indeterminado."Depois separa se quiser. Depende do casamento. Pode continuar junto. O divórcio não foi anunciado".
Segundo o ministro, a união beneficia principalmente os servidores do Congresso Nacional. Garibaldi explicou que há apenas 8 mil servidores do Legislativo que podem optar pelo novo fundo de pensão, contra 480 mil do Executivo. "Isso resolve o problema de escala, teríamos uma compatibilidade com a união dos dois", explicou o ministro.
Garibaldi informou que Sarney apoiou a proposta e levará a discussão para o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). A lei só foi aprovada no Congresso depois que o ministro conseguir convencer os colegas de primeiro escalão do governo da necessidade de aprovar um novo modelo de aposentadoria para o serviço público. Na visão governista, o déficit da Previdência é insustentável e era necessário fazer mudanças no sistema. Para este ano, o prejuízo estimado é de R$ 61 bilhões.
A lei estabelece um teto para a aposentadoria no serviço público igual aos dos funcionários da iniciativa privada - R$ 3.916,20. A proposta cria a Fundação de Previdência Complementar do Serviço Público Federal (Funpresp). O órgão terá a missão de gerenciar o fundo de aposentadoria dos servidores do Executivo. Outros dois fundos serão criados para os poderes Judiciário e Legislativo. O sistema será obrigatório para os futuros servidores públicos. Os atuais podem optar por entrar na Funpresp.
Dilma sanciona nova previdência do servidor público
Tudo sobre a Funpresp
Saiba mais sobre o Congresso em Foco (2 minutos em vídeo)