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Odair Cunha admite mudar o relatório para evitar o encerramento da CPI sem texto final"]
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[fotografo]Antonio Cruz/ABr[/fotografo][/caption]Após
dois adiamentos, os integrantes da CPI do Cachoeira devem começar a leitura do relatório final da comissão depois de aproximadamente sete meses de investigação. O texto, entregue na noite de terça-feira (20) aos integrantes da comissão, não tem consenso e pode sofrer modificações durante a discussão. A expectativa é que a votação do parecer aconteça na primeira semana de dezembro.
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Os parlamentares têm até 22 de dezembro para analisar o documento, apresentar contribuições e votar o relatório final. Caso isso não aconteça, a CPI pode ser encerrada sem a aprovação do documento final. Ao todo, o relator sugere a responsabilização de 12 autoridades e o indiciamento de outras 34 pessoas, de assessores ao irmão do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o único incluído na lista de
Odair Cunha, passando pela noiva, Andressa Mendonça, e pela ex-esposa de Cachoeira, Andrea Aprígio.
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Na quarta-feira (21), Odair admitiu que pode fazer algumas modificações no texto. As concessões têm como objetivo garantir a aprovação do relatório e evitar o fim da CPI sem uma conclusão. Um dos pontos mais questionados pela oposição e que pode ser retirado é o pedido de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O relator sugeriu ao Conselho Nacional do Ministério Público que apure a possível omissão dele em relação à Operação Vegas, conduzida pela Polícia Federal.
Odair Cunha admite alterar relatório
Descontentes com o texto final, um grupo de parlamentares independentes e da oposição entregou na quinta-feira (22) uma representação ao procurador-geral da República pedindo que o Ministério Público continue com as investigações realizadas no âmbito da CPI do Cachoeira. Assinaram o documento os senadores Pedro Simon (PMDB-RS),
Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) e os deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
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