[caption id="attachment_101714" align="alignleft" width="290" caption="Advogado-geral da União tem dez dias para apresentar resposta à Comissão de Ética"]
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[fotografo]José Cruz/ABr[/fotografo][/caption]A Comissão de Ética Pública decidiu nesta segunda-feira (27) pedir explicações ao advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e ao corregedor da Advocacia-Geral da União (AGU), Ademar Passos Veiga, sobre a participação de servidores da pasta na Operação Porto Seguro. O órgão tomou a decisão após ser provocado por um
pedido de reavaliação de postura apresentado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz).
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"Mandei intimar todo mundo para que prestem informações, a ele [Adams] e ao corregedor, porque uma das denúncias é que o corregedor fez corpo mole, que o corregedor não tinha independência para verificar", disse o presidente da comissão, conselheiro Américo Lacombe, de acordo com a
Agência Brasil. Segundo ele, Adams e Veiga têm até dez dias para apresentar explicações.
A operação da Polícia Federal desvendou um esquema de fraude de pareceres técnicos emitidos por funcionários públicos corrompidos pelo grupo. Os documentos serviam para beneficiar empresas privadas. Em dezembro, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra 24 pessoas. Entre eles, estão a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, e o ex-advogado-geral da União adjunto, José Weber Holanda Alves.
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No Senado, em 5 de dezembro, Adams disse que a AGU tomou todas as providências cabíveis ao ser notificada do indiciamento do ex-advogado-geral adjunto na operação da PF. Weber foi exonerado do cargo após ser acusado de participar de um esquema de venda de pareceres. No entanto, para o Sinprofaz, cujos procuradores são subordinados a AGU, o atual advogado-geral deve ser afastado do cargo até apuração final.
Servidores pedem saída de Adams, que se defende