[caption id="attachment_113895" align="alignright" width="290" caption="Inserção do subsídio em outra proposta foi anunciada por Henrique Alves"]

[fotografo]Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]Para garantir os efeitos da Medida Provisória 605/12, que diminui a conta de luz nas residências em até 18% e
perde a validade na segunda-feira (3), o governo vai pegar uma carona e incluir o subsídio em outra proposta, a 609/13, que desonera produtos da cesta básica. A matéria está sendo analisada por uma comissão mista e deve ser votada pelos deputados na próxima quarta-feira (5).
De acordo com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a ideia partiu do líder peemedebista na Casa, Eduardo Cunha (RJ), durante reunião nesta quarta-feira com os líderes do governo na Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT-SP), e no Senado,
Eduardo Braga (PMDB-AM).
Segundo a ministra da Casa Civil, Gleise Hoffman, o governo vai editar ainda hoje um decreto antecipando a possibilidade de usar a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para "cobrir a lacuna" entre o fim da validade da MP 605, que vence na próxima segunda-feira (3), e a aprovação da MP 609. Ontem, Gleise afirmou que o governo "tem os mecanismos para garantir a redução da tarifa até encontrar uma solução legislativa adequada".
A medida provisória que reduz a conta de luz chegou a ser aprovada ontem pela Câmara. Deputados também aprovaram outra MP, a 601/12, que desonera a folha de pagamento de vários setores da economia. Contudo,
as duas vão caducar porque o presidente do Senado, Renan Callheiros (PMDB-AL), cumpriu a promessa de não colocar mais MPs em votação com prazo menor de sete dias para o vencimento.
A ideia de pegar carona em outra medida provisória para garantir a redução na conta de luz é apoiada até mesmo por oposicionistas. Ontem, depois de Renan anunciar que não colocaria as medidas provisórias em votação, os senadores tucanos Aloysio Nunes (SP) e Cássio Cunha Lima (PB) defenderam a ideia de se colocar a redução da conta de luz em outra medida provisória.