[caption id="attachment_184605" align="alignleft" width="285" caption="Durante a campanha,
Aécio Neves afirmou que Armínio seria o titular da Fazenda"]

[fotografo]Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil[/fotografo][/caption]Ex-presidente do Banco Central no segundo mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, Armínio Fraga ficou sob ataque durante a campanha do ano passado. Quando o senador e candidato derrotado à presidência
Aécio Neves (PSDB-MG) adiantou que nomearia o economista para o Ministério da Fazenda, virou um dos alvos da presidenta Dilma Rousseff.
Em
entrevista exclusiva ao jornal
O Estado de S. Paulo deste domingo, o economista fala pela primeira vez como foi virar o alvo predileto da campanha da petista. Disse estar se desintoxicando e rejeitou o título de vilão. Também afirmou que teve diversas declarações deturpadas durante o período eleitoral, e que o baixo nível o deixou irritado.
Mas é sobre seu amigo e ex-aluno Joaquim Levy, o atual ministro da Fazenda, que Armínio tem as principais declarações na entrevista dada à jornalista Eliane Cantanhêde. Ele elogiou Levy, classificando-o como uma "ilha de competência num mar de mediocridade no governo Dilma". Neste rol também estão, de acordo com o economista, as ministras da Agricultura, Kátia Abreu, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
No entanto, Armínio diz faltar mudanças reais na política econômica. Para ele, questões como as novas regras editadas pelo governo para acessar direitos previdenciários foram vetadas durante a campanha. "São questões tão fora da curva global que nem deveria haver discussão", afirmou. Ele ressalta que o ministro da Fazenda está focando mais na elevação da receita do que no corte de gastos.
Para o ex-presidente do BC, o que foi feito até agora é "pouco". "Num governo carregado de ideologia, de corrupção e de incompetência, não há nada para cortar? É lógico que tem muita gordura para cortar e, se houvesse um corte de 10% em todas as instâncias, a população nem ia notar", disparou o economista, que pintou um cenário feio para 2015, com recessão e aumento do desemprego.
Leia a íntegra da entrevista