[caption id="attachment_125860" align="alignleft" width="290" caption="Líder do Psol,
Chico Alencar articula primeiro pedido de cassação de Cunha após denúncias de contas na Suíça "]

[fotografo]Lucio Bernardo Jr/Ag. Câmara[/fotografo][/caption]O Psol protocolará no Conselho de Ética da Câmara, às 16h desta terça-feira, representação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar. A peça pedirá a cassação do deputado à presidência da Casa.
Segundo o líder do Psol,
Chico Alencar (RJ), esse será o primeiro movimento formal contra o mandato do peemedebista desde que vieram à tona denúncias do Ministério Público da Suíça que apontam Cunha e seus familiares como beneficiários finais de contas em instituição financeira do país europeu.
A representação é composta por mais de 20 páginas, onde estão anexos documentos recebidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que confirmam a existência da investigação. O partido requereu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informações que comprovassem que Cunha, sua esposa e uma de suas filhas possuíam contas no banco Julius Baer, na Suíça.
O procurador remeteu, então, os documentos que compunham a investigação do Ministério Público suíço, que, além de confirmarem que o deputado é o beneficiário final das contas onde estão depositados cerca de US$ 2,4 milhões, também indicam que o peemedebista tinha conhecimento que os recursos estavam bloqueados.
A peça ainda acrescenta acusações que compõem a denúncia protocolada em agosto pela PGR ao STF contra o presidente da Câmara por corrupção e lavagem de dinheiro. A principal acusação levantada é de que Cunha recebeu US$ 5 milhões em propina por facilitar a compra pela Petrobras de dois navios sonda da Samsung Heavy Industries. A informação consta em três depoimentos de delação premiada, acordados pelo lobista da Samsung Júlio Camargo, pelo doleiro Alberto Youssef e pelo suposto operador do PMDB no esquema de corrupção da estatal, Fernando Baiano.
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