[caption id="attachment_226862" align="alignleft" width="285" caption="João Santana teria recebido R$ 7 milhões da Odebrecht por meio de contas no exterior não declaradas"]
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[fotografo]Reprodução/Youtube[/fotografo][/caption]Alvo de
mandados de prisão temporária na 23ª fase da
Operação Lava Jato, o casal João Santana e Mônica Moura espera receber uma notificação oficial para voltar ao Brasil. Os dois estão na República Dominicana, trabalhando na campanha presidencial do país. De acordo com informações divulgadas pela
GloboNews, Mônica disse que considera "absurda" a possibilidade do casal não retornar ao Brasil para se entregar. "É só chegar algo oficial até nossos advogados", afirmou.
João Santana trabalhou nas campanhas presidenciais de Lula e Dilma, e entrou na mira da Lava Jato após os investigadores reunirem indícios de que ele possui contas não declaradas no exterior. Por meio delas, o publicitário teria recebido R$ 7 milhões da Odebrecht. Santana passou a ser investigado após policiais federais apreenderem na casa de Zwi Skornicki um manuscrito atribuído à Mônica Moura indicando contas dele fora do país, conforme informou a revista
Veja.
Na época, a empresa de Santana, Pólis Propaganda e Marketing, negou a prática de caixa 2 e afirmou que "o grupo recolhe todos os impostos devidos". "O Grupo Pólis possui agências autônomas no Brasil, e em outros países. As empresas funcionam de forma independente, operacional e financeiramente. Não há trânsito de recursos entre elas. Valores recebidos de campanhas brasileiras sempre foram pagos no Brasil, e valores recebidos por campanhas no exterior foram pagas no exterior, seguindo as regras e a legislação de cada país", informava a nota divulgada pela empresa.
A 23ª fase da Operação Lava Jato foi batizada de "Acarajé" - nome utilizado pelos investigados para se referir a dinheiro em espécie. Desde as 6h, os agentes da PF cumprem em três estados (Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo) 51 mandados: 38 de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva.
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