[caption id="attachment_197714" align="alignleft" width="285" caption="STF recebeu 29 petições ocultas desde a semana passada"]
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[fotografo]Divulgação [/fotografo][/caption]Após a homologação da delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu 29 petições tramitando em caráter sigiloso. Todas as petições só podem ser consultadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) e pelo gabinete do ministro Teori Zavaszki, relator dos casos vinculados à Operação Lava Jato. As informações são do site do jornal
O Globo desta segunda-feira (29).
Conforme informações dos investigadores da Operação Lava Jato, as petições fazem parte de uma nova rodada de diligências solicitadas pelo MPF à Polícia Federal. Ainda segundo
O Globo, na primeira fase da Operação Lava Jato, após as delações premiadas do ex-diretor de refino e abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, o procurador-geral Rodrigo Janot remeteu 42 petições ocultas.
Em sua delação premiada, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, apontou 18 nomes de seis partidos políticos (confira a lista abaixo) como beneficiários de doações feitas a partir de dinheiro desviado pela empreiteira no esquema do petrolão. A lista reúne nomes dos governistas PT, PTB, PMDB e PP e dos oposicionistas PSDB e PSB. Segundo a revista
Veja, o empreiteiro disse que recursos de origem ilícita foram repassados por sua empresa a diversas campanhas políticas, como a da presidente Dilma, em 2014, e a do ex-presidente, em 2006.
A relação de beneficiários também inclui um dos principais nomes da oposição, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), candidato a vice de
Aécio Neves (PSDB) na eleição presidencial do ano passado. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) é outro oposicionista mencionado.
Além disso, em outro trecho do depoimento, conforme o jornal
O Estado de S. Paulo, Pessoa, afirmou que repassou R$ 3,6 milhões por meio de "caixa dois" (dinheiro não contabilizado em prestação de contas eleitorais) à campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010.
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