Paulo Teixeira diz que só novas eleições salvam o Brasil: "Tem que mudar a Constituição"
Congresso em Foco
26/12/2016 | Atualizado às 08h50
A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_277162" align="alignright" width="380" caption="Deputado diz que Temer vai perder cada vez mais condições de governabilidade"][fotografo]Valter Campanato/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Vice-líder da Minoria na Câmara, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) foi uma das vozes mais frequentes contra o processo que cassou Dilma Rousseff no início da tramitação do impeachment, cuja fase de discussões na Casa culminou com a aprovação da admissibilidade da ação, em 17 de abril. Em depoimento gravado em vídeo, o petista repete o que tem dito em plenário, comissões e em outras entrevistas: só a realização de eleições diretas, com "repactuação de forças", pode tirar o Brasil da crise.
Para Paulo Teixeira, apenas uma mudança na regra constitucional sobre eleições diretas poderá pôr fim à crise brasileira. "Tem que mudar a Constituição. Uma PEC [proposta de emenda à Constituição] que diga que nos dois últimos anos [de mandato] só por meio de eleição direta é que se pode substituir um presidente", disse, nesta pequena entrevista em vídeo concedida ao repórter Leonel Rocha, do Congresso em Foco.
Assista:
"Eu acho que esse presidente [Temer] tende a perder governabilidade. Aí, só uma nova eleição, com uma repactuação de forças no Brasil que aprove esta PEC e eleja um novo presidente para um mandato-tampão. E que esse novo presidente possa conduzir corretamente a economia e tirar o Brasil desse impasse institucional a que o impeachment levou", acrescentou.
Mas Paulo Teixeira diz ter dúvidas quanto à travessia do país até 2018, para quando estão previstas novas eleições gerais. "De um lado, uma crise institucional gigante. De outro lado, o aprofundamento da crise econômica. Eu espero que o Brasil chegue melhor. Na minha opinião, a maneira para ele chegar melhor é por meio de uma eleição direta para reconstruir a legitimidade, para que o governo possa conduzir essa crise", concluiu.
Mais sobre crise brasileira