"Denúncia da PGR contra Temer trará prejuízos à economia", diz Marun; assista ao vídeo
Congresso em Foco
15/06/2017 | Atualizado às 08h35
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[caption id="attachment_298504" align="aligncenter" width="550" caption="Marun diz acreditar que apoio do PSDB no Congresso ajudará Temer a superar denúncias de corrupção"][fotografo]Agência Brasil[/fotografo][/caption]
Líder da tropa de choque do governo Temer na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MT) diz recear que a esperada denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente peemedebista anule os esforços pela retomada do crescimento econômico e dificulte a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência, ambas em votação no Congresso. A PGR não confirma que Janot vá denunciar Temer por crimes detectados em conversas com o chefe de governo gravadas em março pelo empresário Joesley Batista, dono do Grupo JBS, mas todo o Congresso comenta como fato a denúncia do procurador.
No encontro de Temer com Joesley, realizado secretamente em um porão do Palácio do Jaburu (residência da Vice-Presidência da República), investigações apontam que a conversa gira em torno da propina paga pelo empresário ao deputado cassado Eduardo Cunha, preso na Operação Lava Jato, com o objetivo de que correligionário de Temer não o delatasse o presidente. Outro assunto foi o papel do ex-deputado Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do Planalto e também preso em decorrência dessa investigação, para intermediar interesses do Grupo JBS no governo.
"Uma nova denúncia contra o presidente tem a possibilidade de trazer prejuízos à economia brasileira. Ela só deve acontecer se, efetivamente, existirem bases sólidas e provas factíveis que justifiquem uma atitude desta magnitude", disse Marun ao Congresso em Foco.
Assista ao vídeo:Marum reconhece que a divulgação das gravações prejudicou a tramitação da reforma da Previdência na Câmara. Ele avalia também que a base de apoio a Temer perdeu apoio em razão das denúncias. Mesmo assim, diz crer o parlamentar, o governo superou a crise política com a permanência do PSDB no bloco de sustentação governistas e com a manutenção dos tucanos em quatro ministérios.
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