Senador Plínio Valério (PSDB-AM, de barba ao centro) , e o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (sentado). Foto: Rudy/Agência Senado[/fotografo]
Circulou pelo plenário do Senado na noite desta terça-feira (7) um "voto de solidariedade" ao general
Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército. O militar, hoje assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), envolveu-se em discussões pela internet com o escritor
Olavo de Carvalho, em mais um capítulo das rusgas do filósofo com militares do
governo Bolsonaro. O texto assinado por senadores chama o escritor de "astrólogo e analista político", e afirma que ele é "usuário frequente de termos chulos que nem deveriam estar sendo citados".
Veja documento na íntegra (
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Proposto pelo senador
Plínio Valério (PSDB-AM), o documento, de valor simbólico, afirma que Villas Bôas foi alvo de "repulsivos ataques e insultos" por parte de Olavo, que também já entrou em conflito com o vice-presidente, general
Hamilton Mourão, e com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Santos Cruz.
Por quase uma hora na noite desta terça, senadores de vários partidos, de Major Olímpio (PSL-SP) a
Jaques Wagner (PT-BA), passando pelo presidente da Casa,
Davi Alcolumbre (DEM-AP), para atacar Olavo. O escritor foi chamado pelos congressistas de "desqualificado" e "astrólogo de quinta categoria", entre outros adjetivos.
Segundo o regimento interno do Senado, o documento deve ser encaminhado a Villas Bôas em nome da Casa se tiver assinatura de 27 membros, um terço dos parlamentares. Às 19h, conforme verificou o
Congresso em Foco, o requerimento tinha 10 assinaturas, incluindo a de Valério, mas outros colegas se comprometeram a subscrever a manifestação.
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