[caption id="attachment_146107" align="alignleft" width="285" caption="Dilma, entre os peemedebistas Renan e Temer, na posse dos novos ministros"]

[fotografo]Agência Brasil[/fotografo][/caption]A ausência dos deputados do PMDB na cerimônia de
posse de seis ministros, que ocorreu hoje (17) no Palácio do Planalto, é um indício de que a crise entre o governo federal e a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados continua. A tentativa do governo de melhorar a relação com o PMDB vai ter novo capítulo no fim da tarde, quando o líder da legenda na Câmara, deputado
Eduardo Cunha (RJ), se encontra com o vice-presidente da República, Michel Temer, e com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Na pauta do encontro, está o
marco civil da internet, que tramita em regime de urgência constitucional e, por isso, desde o ano passado, trava a pauta de votações no plenário da Câmara. Até que o texto seja votado, nenhuma outra matéria pode avançar. O líder Eduardo Cunha e parte do partido não concordam com pontos considerados essenciais para o governo na votação, como a neutralidade da Internet.
Depois de participar da posse dos ministros, o líder do PMDB no Senado,
Eunício Oliveira (CE), avaliou que divergências são normais dentro de um partido do tamanho do PMDB, mas admitiu que o clima entre o Planalto e o partido ainda não está 100%. "Estou trabalhando para que [a crise] acabe de uma vez, mas, por enquanto, nós ainda temos alguns resquícios, alguns incêndios pequenos que nós precisamos apagar", reconheceu. "Eu não conversei com o líder Eduardo Cunha, mas se há uma reunião marcada para se conversar, para distender e para negociar as questões de votações que existem na Câmara, eu acho que isso é fundamental. Do meu ponto de vista, se essa reunião acontecer é louvável."
Ainda segundo o senador, a crise de votações e de convocações em massa de ministros aconteceu somente na Câmara, mas o partido não está dividido. "Isso não quer dizer que o partido está rachado. Não há uma divisão entre Câmara e Senado", minimizou.
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