[caption id="attachment_148064" align="alignleft" width="294" caption="Deputada aderiu a campanha que se espalhou nas redes sociais contra a violência sexual após divulgação de pesquisa do Ipea"]
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[fotografo]Reprodução/Facebook[/fotografo][/caption]A deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue o autor das ameaças de estupro que recebeu nos últimos dias após aderir à campanha "Eu não mereço ser estuprada". As ameaças vieram de várias mensagens disparadas por um usuário do Twitter. "Temos que mostrar a esses '
fakes' que suas máscaras caem e que não existe território para o medo que tentam criar", afirmou a deputada gaúcha.
Manuela solicitou à PGR que tome as devidas providências para rastrear a origem das mensagens e identificar o autor para que os dados sejam repassados à Justiça como provas à Justiça. Ontem (2) à noite, a deputada comentou o assunto em seu perfil no Facebook.
"
Boa noite! Estou aqui na sessão na Câmara votando uma Medida Provisória e queria compartilhar com vocês a decisão que tomei de ir a Procuradoria Geral da República pedir investigação de um perfil de twitter que me ameaça repetidas vezes de estupro. É cansativo, perdemos energia... Mas precisamos mostrar para essa turma que a internet não é terra de ninguém. Que as ameaças aqui também tem consequências. Lutar por uma cultura de paz, mais solidária é, muitas vezes, duro, cansativo... Mas vale a pena. Boa noite!"
No último dia 30, Manuela publicou duas fotos - uma atual e outra de quando era criança - com a mensagem "Eu não mereço ser estuprada"
(veja ao lado). O movimento foi iniciado pela jornalista Nana Queiroz, de Brasília, logo após a divulgação de pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mostrou que 58% dos entrevistados acreditam que "se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros".
De acordo com o Ipea, 65,1% dos entrevistados manifestaram concordância, parcial ou total, com a afirmação "Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". Em repúdio ao resultado da pesquisa, milhares de pessoas aderiram à campanha, publicando fotos, nas redes sociais, contra a violência sexual.
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