[caption id="attachment_176691" align="alignright" width="285" caption="PF acusou Pizzolato de crimes cometidos antes da fuga para a Itália"]

[fotografo]Célio Azevedo/Agência Senado[/fotografo][/caption]A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (31) que indiciou o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso. As penas variam de um a cinco anos de prisão. Ele deixou o país quando o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa determinou a execução das penas de prisão do processo do mensalão. Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, foram comprovados nove crimes de falsidade ideológica e de uso de documento falso por Pizzolato. Eles não têm relação direta com sua fuga para a Itália em novembro passado, já que todos foram cometidos entre 2008 e 2010. Os investigadores concluíram que ele usou documentos de Celso Pizzolato, irmão morto em 1978 em um acidente de carro, nas cidades de Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC) e Lages (SC).
A investigação apontou, por exemplo, para o uso de documento falso nas eleições de 2008. Pizzolato usou o nome do irmão para votar naquele ano. No mesmo ano, com título de eleitor e carteira de identidade, requereu passaporte no nome de Celso. Dois anos depois, solicitou o documento no consulado italiano com base na dupla cidadania.
Para fugir do Brasil no ano passado, Pizzolato também usou documentos falsos, já que tinha entregue o passaporte para o STF no processo do mensalão. Ele foi preso na Itália, em fevereiro, por ter entrado no país irregularmente. Na terça-feira (28), a corte de apelação de Bolonha
rejeitou a extradição do ex-diretor de marketing. A base para negar o pedido do governo brasileiro foi a situação do sistema prisional no país.
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