[caption id="attachment_181461" align="alignleft" width="285" caption="José Carlos Araújo chegou a conduzir a sessão do colegiado, mesmo com infração regimental"]

[fotografo]Fábio Góis/Congresso em Foco[/fotografo][/caption]A votação do relatório final da CPI mista da Petrobras foi adiada há pouco, para esta quinta-feira (18), às 10h, em meio a uma situação inusitada: um comando alternativo que tentou, em vão, presidir os trabalhos e aprovar ao menos um dos relatórios lidos no âmbito do colegiado, entre eles o também alternativo texto apresentado pela liderança do PSDB na Câmara, que pede 61 indiciamentos. A ofensiva oposicionista foi provocada porque o presidente substituto da CPI, senador Gim Argello (PTB-DF), havia suspendido a votação mais cedo e remarcado a sessão para 20h. No entanto, uma rodada de apartes de despedida para o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que não foi reeleito em outubro, arrasta a sessão em plenário, impedindo deliberações em comissões temáticas.
Além da restrição regimental, o quórum do colegiado foi esvaziado, o que impediria a votação. Depois de o deputado Sibá Machado (PT-AC) ter pedido a verificação de quórum, constatou-se que a quantidade de parlamentares presentes à sala da comissão não era suficiente para promover qualquer decisão. Com maioria maciça da oposição naquele momento, o relatório do deputado Marco Maia (PT-RS), relator da CPI, chegou a ser rejeitado em votação presidida pelo deputado José Carlos Araújo (PSD-BA). O texto do petista, apresentado na semana passada, não pediu qualquer indiciamento, mas hoje ele retificou o próprio material.
[caption id="attachment_181460" align="alignright" width="285" caption="Senador levará para Casa microfone que usou por 24 anos"]

[fotografo]Marcos Oliveira/Agência Senado[/fotografo][/caption]Diante do impasse, Gim Argello foi ao plenário se socorrer com o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), que está a postos para uma série de votações na pauta ainda nesta quarta-feira (17). Dizendo-se acometido por um "aperto momentâneo", Gim quis saber de Renan o que poderia ser feito em relação à sessão antirregimental da CPI.
Mencionando o artigo 107 do parágrafo 1º do regimento interno, Renan disse que nada que viesse, por ventura, a ser aprovado na comissão teria validade, uma vez que a reunião da CPI não pode coincidir, "em qualquer hipótese", com a ordem do dia em curso no plenário. "É natural que, no Parlamento, as coisas desdobrem para a questão política", minimizou Renan, tranquilizando Argello.
Souvenir
Ao final das homenagens a Suplicy, Renan anunciou que o microfone de plenário que o senador petista usou por 24 anos seria retirado do local, dando lugar a outro, para então ser ofertado como lembrança de sua passagem pela Casa. Suplicy agradeceu, e avisou que ainda faria discursos até o fim do mandato. "Na próxima segunda-feira teremos sessão?", questionou Suplicy, garantindo presença para novos discursos na próxima semana.
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