O empresário Júlio Gerin de Almeida Camargo, que confessou repassar propina a partidos e políticos, não prestou serviços apenas à Toyo Setal, como havia admitido inicialmente. Ele recebeu também R$ 16,8 milhões, divididos em três parcelas em 2012, da empreiteira Camargo Corrêa - mais que o dobro dos R$ 7,4 milhões que ele havia recebido do consórcio TUC, composto pela Toyo Setal, a Odebrecht e a UTC. As informações são do jornal
O Globo desta sexta-feira (26).
De acordo com as investigações, relata a reportagem, o empresário utilizou a mesma conta bancária de uma de suas empresas, a Treviso Empreendimentos, para receber das empreiteiras e para mandar propina para o exterior.
Segundo
O Globo, Júlio Camargo afirmou ter feito depósitos em contas de Fernando Soares, apontado como operador do PMDB na diretoria da Petrobras, e de Renato Duque, ex-diretor de Engenharia e Serviços, apontado como arrecadador de dinheiro para o PT.
Júlio fez acordo de delação premiada com a Justiça, comprometendo-se a colaborar com as apurações em troca da redução da pena, pelos valores repassados pela Toyo Setal. Segundo a empresa, Júlio foi remunerado por serviços de consultoria que prestou. O empresário se comprometeu a pagar R$ 40 milhões em multa.
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