[caption id="attachment_186875" align="alignleft" width="285" caption="Edinho: "Assumi a tarefa da tesouraria para blindar a campanha daquele ambiente que já era ruim""]
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[fotografo]Divulgação[/fotografo][/caption]Responsável pelas finanças da campanha à reeleição da presidenta Dilma, o ex-deputado estadual Edinho Silva (PT-SP) disse que a petista não recebeu nenhum centavo que estivesse relacionado a desvios na Petrobras. "Nunca cheguei perto de absolutamente nada que tivesse vínculo com contratos da Petrobras, ao contrário, só ouvia reclamações por conta da inadimplência que, segundo eles, afetava a saúde econômica de vários segmentos. Arrecadei dentro da legalidade", afirmou em entrevista ao
Estadão.
O tesoureiro contou que foi escolhido por Dilma para "blindar" sua candidatura à reeleição das denúncias da
Operação Lava Jato e desafiou a oposição a investigar as doações arrecadadas pela petista. "Podem vasculhar a campanha, nada será encontrado. Quando cheguei para ser o tesoureiro, as investigações (da Lava Jato) já estavam em andamento. Assumi a tarefa da tesouraria para blindar a campanha daquele ambiente que já era ruim, essa era a minha principal tarefa", declarou ao repórter Ricardo Galhardo.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dilma recebeu R$ 68,5 milhões de sete empreiteiras da Lava Jato. Essas mesmas empresas, no entanto, doaram R$ 40,2 milhões à campanha presidencial do tucano
Aécio Neves (PSDB). Segundo Edinho, se a oposição quiser criminalizar as contribuições privadas, a mesma tese terá de ser aplicada a todas as empresas, a todos os governos que as contratam e a todos os partidos que recebem dinheiro delas. "Se não for assim, será uma investigação contra um só partido. Isso seria rasgar o princípio da isonomia e acabar com o Estado de Direito", disse.
No final do ano passado, o PSDB tentou evitar a diplomação de Dilma, alegando que sua campanha tinha sido abastecida com recursos desviados da Petrobras. Mas o pedido foi negado pelo TSE, que aprovou as contas da candidata. "A grande vítima hoje é o PT, amanhã será o PSDB, depois qualquer outro partido. A criminalização da política cria o pressuposto para o autoritarismo", acrescentou o ex-tesoureiro de Dilma.
Leia a entrevista de Edinho Silva ao Estadão
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