[caption id="attachment_229838" align="alignleft" width="340" caption="Instituto Lula divulgou nota com contestação do ex-presidente "]

[fotografo]Ricardo Stuckert/Institulo Lula[/fotografo][/caption]Depois de ser citado na delação premiada do ex-líder do governo Delcídio do Amaral (PT-MS), o ex-presidente reafirmou nesta quinta-feira (3) que jamais participou de ilegalidade. "O ex-presidente Lula jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, seja nos fatos investigados pela operação Lava Jato, ou em qualquer outro, antes, durante ou depois de seu governo", afirmou por meio de nota o Instituto Lula.
Em edição antecipada, a revista
IstoÉ divulgou
trechos de depoimento em que o senador afirma que Lula e a presidente Dilma Rousseff sabiam de irregularidades na Petrobras e tentaram intervir nas investigações da Operação Lava Jato.
De acordo com a revista, Delcídio atribuiu a Lula a responsabilidade pela oferta de R$ 50 mil à família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que resultou em sua prisão. O objetivo, segundo a reportagem, era que Cerveró não fizesse delação premiada para não implicar o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.
A revista sustenta que, em seu depoimento, Delcídio também afirmou que Lula estava preocupado com a CPI do Carf, que apura a compra de medidas provisórias durante o seu governo para favorecer montadoras e o envolvimento do seu filho Luiz Claudio no esquema.
Delcídio também contou, de acordo com a reportagem, detalhes sobre os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. Segundo relato da revista, ele disse que a presidente Dilma tinha ciência das irregularidades na negociação que resultou em prejuízo bilionário à estatal.
A
IstoÉ, que antecipou a edição do fim de semana, afirma ter tido acesso a um documento de 400 páginas com o conteúdo do depoimento preliminar de Delcídio aos procuradores da operação. Nessa fase, o acusado cita nomes e fatos que pretende delatar. Para ter validade, a delação precisa ser homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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