[caption id="attachment_238250" align="alignleft" width="360" caption="PSB compunha a base na gestão Lula"]
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[fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]O ex-presidente Lula tentou convencer a cúpula do PSB a orientar seus deputados pela abstenção na votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rosuseff deste domingo. No dia 31 de março Lula chamou o senador Fernando bezerra Coelho (PSB-PE) para uma conversa em um hotel de Brasília. Pediu ajuda do parlamentar para tentar reverter a decisão da executiva dos socialistas que tinha definido o apoio ao pedido de impeachment. Uma semana depois, Lula esteve com o filho do senador, o deputado
Fernando Coelho Filho, para fazer o mesmo pedido. Mas já era tarde e a bancada já tinha tomado uma posição majoritária pelo impeachment.
Lula chegou a pedir desculpas aos Bezerra Coelho por não ter chamado o PSB para conversas logo depois da reeleição da presidente Dilma Rousseff. Mas os apelos não surtiram efeito. Lula apelou para que o PSB optasse pela abstenção na votação do impeachment ou se ausentassem do plenário. Também não adiantou.
O ex-presidente chegou a mencionar a intenção do governo de baixar um pacote com cinco medidas na área econômica. Mas não revelou quais a Fernando Coelho. O deputado avisou que a presidente teria poucos votos na bancada, já declarados, mas a bancada majoritariamente votaria pela saída da presidente.
Depois da reeleição da presidente Dilma, o PSB passou os três primeiros meses como uma bancada independente no Congresso. Os parlamentares não foram chamados para conversar com o PT ou com a presidente. Desprezados pelo Palácio do Planalto e não convidados para formar o novo governo, o PSB, aliado tradicional do PT, passou para a oposição e neste domingo (17) reforça os votos pró-impeachment.
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