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[caption id="attachment_249660" align="alignleft" width="300" caption=""Conheço o pai dos meus filhos, por isso sei da injustiça que sofreu nesta manhã", escreveu Gleisi"]
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[fotografo]Waldemir Barreto/Agência Senado[/fotografo][/caption]A senadora
Gleisi Hoffmann se pronunciou no final da tarde desta quinta-feira (23) sobre a
prisão preventiva de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo. Em seu perfil no Facebook, a senadora lamentou o episódio e disse que seu marido foi injustiçado. "Conheço o pai dos meus filhos. Sei das suas qualidades e do que não faria, por isso sei da injustiça que sofreu nesta manhã", escreveu a senadora, que relatou o momento em que a Polícia Federal bateu à sua porta. Segundo ela, mais de dez agentes entraram em seu apartamento, na Asa Sul, em Brasília com uma ordem de busca e apreensão e uma ordem de prisão preventiva contra Paulo Bernardo.
Segundo a senadora, os policiais levaram o computador do filho adolescente do casal. "Fiquei olhando meu menino e pensei sobre a dor que sentia com aquela situação", descreveu. Gleisi ressaltou que o pedido de prisão foi não era necessário, pois seu marido sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos. "Desde que esse processo começou, Paulo se colocou inúmeras vezes à disposição da Justiça, sempre esteve totalmente disponível, tem endereço conhecido. Vieram coercitivamente buscá-lo em casa, na presença de nossos filhos menores. Um desrespeito humano sem tamanho, desnecessário", argumentou a senadora.
Gleisi Hoffmann é uma das senadoras mais ativas na defesa da presidente Dilma na comissão do impeachment, e entende que a ação contra seu marido tem o objetivo de desviar o "foco da opinião pública deste governo claramente envolvido em desvios, em ataques aos direitos conquistados pela população. Garantir o impeachment é tudo o que mais lhes interessa neste momento", concluiu.
Paulo Bernardo (PT) foi preso na manhã de hoje pela Polícia Federal, na Operação Custo Brasil, um desdobramento da
Operação Lava Jato. Integrantes da Polícia Federal, do Ministério Público e da Receita Federal estimam que o esquema de fraudes que levou à sua prisão movimentou cerca de R$ 100 milhões em propinas entre 2010 e 2015. Segundo os investigadores, R$ 7 milhões foram repassados a um escritório de advocacia ligado a Bernardo. Desse total, 80% (cerca de R$ 5,6 milhões) foram transferidos para o ex-ministro, de acordo com a PF.
Leia a íntegra da nota divulgada por Gleisi Hoffmann
"Hoje foi um dia muito triste na minha vida como mulher, como política e, sobretudo, como mãe. Conheço o pai dos meus filhos. Sei das suas qualidades e do que não faria, por isso sei da injustiça que sofreu nesta manhã.
Mais de 10 pessoas estranhas entraram em minha casa com ordem de busca e apreensão. Trouxeram também uma ordem de prisão preventiva contra o Paulo.
Busca e apreensão após quase um ano de início do processo?!
Prisão preventiva para previnir o que?! Uma fuga? Um conluio? Qual risco representa ele?
Desde que esse processo começou, Paulo se colocou inúmeras vezes à disposição da Justiça, sempre esteve totalmente disponível, tem endereço conhecido.
Vieram coercitivamente buscá-lo em casa, na presença de nossos filhos menores. Um desrespeito humano sem tamanho, desnecessário. Não havia nada em nossa casa que podia ser levado. Mesmo assim levaram o computador do meu filho adolescente. Fiquei olhando meu menino e pensei sobre a dor que sentia com aquela situação.
Quem nos conhece sabe que não fizemos fortuna, não temos conta no exterior, levamos uma vida confortável, porém modesta. O patrimônio que temos, parte financiado, foi comprado com nossos salários.
Não me cabe outra explicação que não o desvio de foco da opinião pública deste governo claramente envolvido em desvios, em ataques aos direitos conquistados pela população. Garantir o impeachment é tudo o que mais lhes interessa neste momento"
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