[caption id="attachment_308944" align="aligncenter" width="580" caption="Em sua sabatina, Raquel Dodge havia dito que, se necessário fosse, aumentaria a equipe"]
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[fotografo]Agência Brasil[/fotografo][/caption]
Prestes a assumir a Procuradoria-Geral da República, a subprocuradora-geral Raquel Dodge, escolhida pelo presidente Michel Temer para ocupar o cargo de Rodrigo Janot, já tomou algumas decisões sobre sua gestão na PGR. Para começar, a nova procuradora-geral pretende dar um prazo de 30 dias para a saída da atual equipe da Lava Jato. A informação foi divulgada pela revista Época, que teve acesso à minuta da portaria que ainda será publicada por Dodge após sua posse, na segunda-feira (18).
Pela portaria, os principais nomes da atual equipe terão de formar um gabinete de transição, com duração de 30 dias, para passar as informações à nova equipe. De acordo com informações da reportagem, o atual coordenador do Grupo de Trabalho, o promotor Sérgio Bruno, o promotor Wilton Queiroz e os procuradores Fernando Alencar, Melina Montoya e Rodrigo Telles, atuarão nesse grupo de transição, conforme informações do repórter Aguirre Talento.
Durante sua sabatina no Senado, Raquel Dodge não falou em trocas, mas disse que, se necessário, aumentaria as equipes responsáveis por operações do Ministério Público como a Lava Jato. Publicamente, a nova procuradora-geral havia anunciado que todos os integrantes da equipe comandada por Rodrigo Janot estavam convidados a permanecer na operação. Além disso, afirmou que uma das prioridades de sua gestão seria o combate à corrupção.
Para a nova equipe, Dodge vai nomear oito procuradores. Apenas Maria Clara Barros Noleto e Pedro Jorge do Nascimento fazem parte da atual equipe e permanecerão. Os demais serão Hebert Reis Mesquita, José Alfredo de Paula, José Ricardo Teixeira, Luana Vargas Macedo e Raquel Branquinho.
<< Leia a reportagem da revista Época na íntegra
À reportagem, a assessoria de imprensa de Raquel Dodge informou que a nova PGR só vai decidir sobre a portaria na segunda à tarde, após sua posse, além disso, afirmou que parte dos procuradores do atual Grupo de Trabalho havia solicitado o desligamento.
Caberá à Raquel Dodge, entre outras tarefas, dar continuidade às investigações da
Operação Lava Jato na sua parte mais sensível: aquela que envolve a participação de
políticos, em especial aqueles com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal. Encontram-se nessa situação desde o presidente Temer e vários de seus
ministros até dezenas de
deputados e de
senadores.
Raquel ficou em segundo lugar na lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e foi indicada pelo presidente Michel Temer, que desde o início mostrou sua predileção pela subprocuradora. Temer foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva em junho e, na última semana, por obstrução à Justiça e organização criminosa. É o primeiro presidente na história do país que responde a uma acusação criminal.
<< Em sabatina no Senado, sucessora de Janot diz que não quer 'ninguém acima e ninguém abaixo da lei'
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